Rodolfo Landim, presidente do FlamengoAlexandre Vidal / Flamengo
'O Flamengo manda no STJD. Sempre resolve pagando', diz dirigente do Grêmio após punição
Cartola ficou revoltado pelo Rubro-Negro pagar apenas multa após cantos homofóbicos
Rio - O diretor jurídico do Grêmio, Nestor Hein, ficou revoltado após o Flamengo ter sido apenas multado em R$ 50 mil pelos cantos homofóbicos de sua torcida no jogo contra o time gaúcho, pela Copa do Brasil, no9 Maracanã. Em entrevista à "Gaúcha ZH", o dirigente afirmou que o Rubro-Negro "manda no STJD" e reclamou da falta de critério do tribunal.
"A homofobia hoje está equiparada ao crime de racismo por decisão do STF. Em 2014, o Grêmio identificou todas as pessoas que cometeram atos racistas e, mesmo assim, o STJD excluiu o clube da Copa do Brasil. O Flamengo não identificou nenhuma pessoa que cometeu crime de homofobia. O advogado do clube admitiu que o fato ocorreu e se disse enojado pelo que viu nas imagens. Os auditores também disseram que o fato ocorreu e, mesmo assim, resolveram colocar apenas uma multa de R$ 50 mil. Um deles chegou a dizer que, se condenasse o Flamengo, o clube ficaria com a pecha de ser um clube homofóbico. Por que o Flamengo não pode ficar com a pecha de ser um clube homofóbico? E por que o Grêmio pode ficar com a pecha de ser um clube racista?", declarou Hein.
"O Flamengo manda no STJD. O Flamengo sempre resolve as coisas pagando. É sempre punição pecuniária. Ele paga a multa e aí não tem problema. O STJD, por conta dos atos de alguns dos seus auditores, é um propagador de decisões esdrúxulas e absurdas que valem para um clube e não valem para outros. É um tribunal que premia os seus transgressores e as pessoas que não cumprem as suas atribuições. Pode se confiar neste tribunal? Pode se levar a sério um tribunal desses?", completou.
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