A Conmebol, através de seu Tribunal de Disciplina, multou em 30 mil dólares (cerca de R$ 148 mil) a Universidad Católica-CHI por conta de atos racistas de um torcedor durante a partida do clube diante do Flamengo, no último dia 28, em Santiago. Os brasileiros venceram o duelo por 3 a 2, pelo Grupo H da Libertadores.
Além disso, parte do Estádio San Carlos de Apoquindo foi interditado por três jogos - mais precisamente a Tribuna Ignacio Pietro. O motivo de tal punição se deu não pelo ato de racismo, mas, sim, por torcedores da Católica terem arremessado sinalizadores e pedras em direção à torcida do Fla. E outra multa, de 40 mil dólares (R$ 197 mil), foi aplicada por conta do vandalismo.
Vale lembrar que, no dia 6 de maio, a Conmebol promoveu mudanças no Código de Disciplina com novas punições aos casos de racismo. A entidade propôs multiplicar a multa aos clubes e incluir jogos com portões fechados. No entanto, a condenação à Católica ainda não está atrelada à recente alteração pelas infrações terem ocorrido antes.
O Flamengo chegou a se pronunciar nas redes sociais, logo após o jogo no Chile, cobrando "medidas severas" e pedindo um basta:
"Na noite desta quinta-feira, no estádio San Carlos de Apoquindo, em Santiago, no Chile, aconteceram cenas lamentáveis de racismo, lançamento de pedras, garrafas e sinalizadores (uma criança foi ferida) da torcida adversária em direção aos torcedores rubro-negros, durante a partida entre Universidad Católica x Flamengo, pela 3ª rodada da fase de grupos da Libertadores. Não aguentamos mais isso! Medidas severas precisam ser tomadas #Paz #RacismoNão #BastaDeViolência #CRF", postou o Flamengo, com um vídeo de um torcedor imitando macaco em direção à torcida brasileira.
A Conmebol anuncia também que a decisão, anunciada na última terça-feira, cabe recurso perante a Comissão de Apelações da entidade "no prazo de sete contados a partir do dia seguinte da notificação dos fundamentos desta decisão no Artigo 67.2 do Código Disciplinar".
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