Rio - Sem conseguir mobilizar a torcida na partida decisiva contra o Goiás, a diretoria do Fluminense sofreu um duro golpe no Maracanã. Com ingressos a preços populares de R$ 40, o clube arrecadou apenas R$ 506 mil, o que causou prejuízo. O público abaixo do esperado deixa um sinal de alerta para o uso futuro do estádio.
Os números oficiais do gasto com a operação do jogo não foram divulgados — o borderô não apareceu no site da CBF na última quinta-feira —, mas o clube já sabe que houve déficit. Mesmo diminuindo os custos, ao não abrir o setor Norte e diminuir os gastos com fornecedores, o Fluminense precisava de um número maior do que os mais de 17 mil pagantes. A expectativa era que o jogo contra o Goiás levasse mais de 25 mil pessoas, o que não aconteceu — foram 20.062 presentes.
Sem o contrato original com a Concessionária Maracanã — a Justiça tem considerado o último aditivo entre eles, assinado por Peter Siemsen no fim do ano passado —, o Fluminense se viu obrigado a pagar aluguel (R$ 100 mil) e cuidar de toda a operação do jogo. O clube ficaria com a renda e 25% do consumido no bar, mas como a partida de quarta-feira teve prejuízo, perdeu dinheiro.
Segundo a Flusócio, com 25 mil pagantes, o Maracanã não causa prejuízo. O Ataque tentou contato com a diretoria do clube, que não respondeu qual seria o número ideal, nem como conseguir fazer o estádio voltar a ser vantajoso.
Com problemas financeiros e sem poder perder mais dinheiro, o Fluminense se vê numa encruzilhada. Para atuar no Maracanã, precisará estudar se o jogo terá bom público. Caso contrário, Edson Passos será alternativa, o que acontecerá com frequência.