Gum é um dos grandes personagens entre Fluminense e Cerro PortenhoReprodução Twitter

Por João Vitor Campos
Rio – A Conmebol definiu na última terça-feira os confrontos das oitavas de final da Libertadores. O Fluminense enfrentará Cerro Porteño, do Paraguai. O duelo fez com que os torcedores tricolores recordassem a partida contra os paraguaios em 2009, pela semifinal da Sul-Americana. O zagueiro Gum, que teve uma participação importante naquele jogo, relembrou alguns momentos daquela partida.
A equipe carioca venceu os jogos de ida e de volta, no entanto, uma briga generalizada marcou o fim daquela exibição. Na ocasião, Gum, que hoje defende o CRB, foi agredido pelo adversário e preferiu ficar em campo mesmo em condições desfavoráveis.
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"Eu me lembro como se fosse hoje, foi algo muito forte. Sofri uma agressão do atacante Nani e estava sangrando muito meu supercílio. O Cuca ia me tirar do jogo porque estava com um a menos o Fluminense, e o doutor não estava conseguindo estancar o sangue. Eu vendo que ele ia me tirar do jogo falei: ‘Não professor, pelo amor de Deus, não me tira’. Acabei ficando e fui abençoado fazendo o gol."
Naquela altura da partida, o Fluminense perdia por 1 a 0 e sofria com o jogo duro imposto pelo adversário. Mas naquele dia, Gum estava predestinado a se firmar na história do clube. Aos 47 minutos da segunda etapa, o zagueiro marcou com a cabeça enfaixada, garantindo de forma heroica a classificação do clube das Laranjeiras. Alan ainda virou o jogo no apagar das luzes.
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"Por isso essa história ficou tão linda e dramática com todos os capítulos que teve dentro dessa partida. Jogo difícil, fui agredido, Cuca ia me tirar do jogo... foi uma explosão de sentimentos. Gratidão por ter participado desse momento na história do Fluminense, e depois o reconhecimento da torcida de virar "Gum Guerreiro."
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E foi no apito final do árbitro que se iniciou uma das mais famosas cenas de briga generalizada no futebol brasileiro. Apesar de ter sido o grande nome da partida, Gum revelou que não participou da confusão.
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"Aquela briga no final do jogo acabou que houve um mal-entendido entre os jogadores. Muitas vezes o pessoal de fora não aceitam perder e partem para briga, mas o mais interessante é que eu não participei de nada. Estava comemorando e não deu tempo de fazer nada".
Apesar das duas vitórias e com o placar agregado de 3 a 1 naquele ano, Gum vê uma leve vantagem do Fluminense para o duelo nos dias 14 e 21 de julho pelas oitavas de final da Libertadores, mas alerta os cariocas sobre o clube paraguaio. 
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"É um pouco favorito, mas não quer dizer que o confronto irá ser fácil. Tem que tomar cuidado que eles são perigosos... não vai ser fácil. O futebol é uma caixinha de surpresa, porém estamos na torcida para a classificação do Tricolor."