A dupla Washington e Assis, apelidada de ’Casal 20’, é lembrada até hoje e foi crucial na conquistaDivulgação / Fluminense FC

Há 40 anos, em 27 de maio de 1984, o Fluminense conquistava o seu segundo Campeonato Brasileiro ao empatar com o Vasco em 0 a 0 no Maracanã. Este foi o maior título de uma geração marcante na história do clube, que também venceu três Campeonatos Cariocas consecutivos entre 1983 e 1985. O Tricolor chegou ao topo do Brasil misturando talento individual com qualidade coletiva e realizou grandes performances em campo para levantar a taça, que não ia para Laranjeiras desde 1970.
Esta foi a primeira vez que dois times cariocas disputaram o título brasileiro. No jogo de ida, o Tricolor venceu por 1 a 0 e saiu na frente na decisão. Na volta, com cerca de 130 mil torcedores presentes no Maracanã, o Fluminense, que tinha a melhor defesa da competição, segurou o empate em 0 a 0 e garantiu o bicampeonato.
Para chegar lá, a equipe eliminou o Coritiba e o Corinthians no mata-mata e teve bom desempenho nas fases classificatórias. A campanha de 26 jogos terminou com 15 vitórias, nove empates e duas derrotas. Foram 37 gols a favor e 13 contra, um saldo positivo de 24 gols.
O elenco da conquista teve jogadores que são lembrados até hoje como ídolos do clube e do futebol brasileiro. O ataque era comandado por Assis e Washington, dupla apelidada de "Casal 20". Na lateral-esquerda, jogava Branco, que viria a ser campeão da Copa do Mundo em 1994. O defensor Ricardo Gomes também foi da seleção brasileira. O meia paraguaio Romerito ficou marcado por fazer o que viria a ser o gol do título, na primeira partida da final. Ao lado dele, jogava Delei, que criava boas jogadas para os atletas da frente.
Em entrevista ao DIA, Duílio, zagueiro e capitão do Fluminense na campanha, afirmou que aquela foi, taticamente, a equipe mais forte da história do clube. "O [técnico] Parreira montou aquilo que ele achava que era o ideal para aquela equipe. A chegada do Romerito nos tornou mais fortes, encaixou como uma luva. Nossa equipe era muito bem encaixada e homogênea. A gente tinha a percepção de cada companheiro quase que de 'olhos fechados'. Quando havia alguma mudança, a equipe não sentia muito. E individualmente também era um grupo incrível", afirmou.