Brasil x Arábia Saudita pela terceira rodada da Olimpíada de Tóquio. Richarlison. Lucas Figueiredo/CBFLucas Figueiredo/CBF

Tóquio - O atacante da seleção brasileira olímpica Richarlison, o Pombo, disse durante entrevista coletiva à Fifa, nesta sexta-feira, que se ganhar o ouro fará uma tatuagem da medalha. O jogador, que carrega a camisa 10 e já fez cinco gols na competição, é o destaque da equipe treinada pelo técnico André Jardine. 

"Nunca pensei em fazer uma tatuagem, mas se conseguirmos o ouro, com certeza farei uma. Gostaria apenas de aproveitar este momento único. Entrar na história olímpica seria indescritível", contou o atacante, que também lembrou dos sacrifícios que teve de fazer antes da competição.

O atacante precisou abdicar de parte de suas férias e, além disso, também não pode se aproximar de sua mãe durante uma visita porque ela havia sido contaminada com o vírus da covid-19. O motivo? Ele não queria correr o risco de ser cortado dos jogos Olímpicos de Tóquio.

"Sou louco por tudo! Para o futebol e a Seleção, não tenho limites. Deixei minhas férias de lado e sacrifiquei um tempo com minha família para participar das Olimpíadas. Depois da Copa América, não tive nem dois dias para ver a família. Minha mãe teve Covid-19. Tive que ficar a 30 metros dela e falar com ela com gestos. Mas sei que eles estão orgulhosos da minha participação nesta competição e dos meus objetivos para o Brasil. É o mais importante", disse Richarlison ao site da Fifa.

Embora já tenha feito hat trick em uma atuação de gala, o atacante revela que quer mais. O atleta está há dois gols de atingir a marca de outro ídolo do futebol brasileiro, o baixinho Romário. Para ele, a conquista do ouro e a quebra de recordes seria um cenário ainda mais incrível. "Romário é uma lenda do futebol brasileiro e mundial. Bater o recorde dele obviamente seria a cereja do bolo. Seria um desempenho excelente", comenta.

Richarlison também disse que mantém contato com Neymar, campeão olímpico em 2016. Segundo o atacante, foi o 10 do PSG quem lhe sugeriu a numeração da camisa que veste pela seleção. "Ney é meu ídolo, eu tinha que fazer isso. Ele me conhece bem e seu pedido não foi à toa. Ele sabe que já jogo na Europa há algum tempo e que sou capaz de assumir esse papel. Acho que tomei a decisão certa", cravou o jogador do Everton, da Inglaterra.

O atacante participa da partida das quartas de final da Seleção contra o Egito, neste sábado, às 7h, no estádio de Saitama, em Tóquio.