Malcom celebra o gol que garantiu o ouro do BrasilLucas Figueiredo/CBF

Demorou muito tempo, mas o Brasil não apenas conquistou o ouro na Rio-2016 como agora é bicampeão olímpico do futebol na Tóquio-2020. Em um jogo dramático e definido na prorrogação, a Seleção venceu a Espanha por 2 a 1, após 1 a 1 no tempo regulamentar, com direito a pênalti perdido por Richarlison. O herói foi Malcom, que por muito pouco não foi liberado pelo Zenit para disputar a Olimpíada, mas convenceu o clube russo e ainda entrou apenas na prorrogação para fazer o gol da conquista. 
Recuperado de contratura muscular na coxa direita, Matheus Cunha voltou ao time e fez o gol brasileiro no primeiro tempo, mas Oyarzabal empatou no segundo.
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Com a conquista, o Brasil igualou os rivais Argentina (Atenas-2004 e Pequim-2008) e Uruguai (Paris-1924 e Amsterdã-1928) como bicampeão olímpico e entrou num seleto grupo, no qual também fazem parte Grã-Bretanha (Londres-1908 e Estocolmo-1912) e Hungria (Tóquio-1964 e Cidade do México-1968).
Maior medalhista olímpico do futebol, o Brasil possui agora dois ouros, três pratas e dois bronzes.
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Como foi o jogo
No início, o Brasil teve dificuldades para sair da defesa, com a Espanha bem postada na marcação. Depois, a seleção olímpica se acertou e foi ela a pressionar a saída de bola deficitária dos adversários. Mas foram os espanhóis que assustaram primeiro, aos 15, quando Oyarzabal escorou de cabeça e Diego Carlos tirou em cima da linha, evitando o gol.
Após o susto, o Brasil poderia ter aberto o placar aos 37, quando Matheus Cunha foi atropelado pelo goleiro Unai Simón e a arbitragem, com o auxílio do VAR assinalou o pênalti. Mas Richarlison, artilheiro da Olimpíada, isolou.
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Sorte que não fez falta, porque Matheus Cunha, nos acréscimos abriu o placar. Após cruzamento de Claudinho da esquerda, Daniel Alves se esforçou para tocar para trás e o atacante dominou no peito entre dois marcadores e chutou para marcar.
Segundo tempo
Com a vantagem, o Brasil voltou para o intervalo com espaço para os contra-ataques e poderia ter ampliado, novamente com chance de Richarlison. Aos 6, ele recebeu de Matheus Cunha na área, driblou o marcador, mas Simón a bola bateu na perna de Simón e depois no travessão.
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Mas o Brasil recuou demais e passou a sofrer com os muitos cruzamentos na área, em especial da esquerda da defesa. Até que, aos 15, Oyarzabal aproveitou um deles e, sem marcação, fez um belo gol chutando de primeira.
Santos precisou defender chute de Soler, mas depois o jogo ficou mais nervoso e brigado do que jogado, com as duas seleções errando muito. O Brasil, se alterações, sentiu a parte física e a Espanha cresceu no fim e ainda mandou duas bolas no travessão, com Soler em cruzamento errado e em chute de Bryan Gil.
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Prorrogação
O técnico André Jardine finalmente mexeu na equipe após os 90 minutos, com Malcom no lugar de Matheus Cunha. O Brasil voltou a pressionar, mas a única chance no primeiro tempo foi um cruzamento de Arana que o goleiro espalmou.
Mas o gol finalmente saiu logo aos dois do segundo tempo da prorrogação. No contra-ataque, Antony lançou Malcom, que ganhou na corrida do marcador e chutou para fazer o gol. Depois, foi só segurar a Espanha, que abusou dos cruzamentos e não conseguiu o empate.
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