Lateral-esquerdo RiquelmeRafael Ribeiro/Vasco

Rio - Ele é promissor há tempos. Tanto que frequentava treinos do time principal desde os 16 anos. Mas nem faz tanto tempo: aos 19, Riquelme foi um dos raríssimos jogadores que se salvaram no pior ano da história do Vasco. O lateral-esquerdo deixou boa impressão e, nesta entrevista exclusiva ao LANCE!, a promessa cruz-maltina analisa o amadurecimento na temporada de estreia e projeta o futuro. Em 2022 e mais adiante.
Com que sentimento terminou 2021, ano ruim para o time, mas individualmente bom para você?
- Muito feliz por ter terminado a temporada em alta, mas triste por não ter conseguido o acesso. Tenho certeza de que teremos um grande ano e me sinto preparado para fazer uma boa temporada, com o objetivo de conquistar o acesso.


O que você levou de aprendizado nesta temporada? Você começou no banco, foi ganhando espaço... mas, novo como é, entende ter amadurecido e aprendido?
- Tive uma experiência muito boa com o professor (Fernando) Diniz e também sou muito grato ao Marcelo (Cabo) por ter me permitido estrear. Pude desenvolver meu futebol ao longo da temporada e ter mais oportunidades com o Diniz. Então, sem dúvidas, 2021 foi de uma experiência incrível para mim, mas ano que vem iremos em busca do acesso.

Sobre 2022, você tem meta de jogos depois dos 17 como titular? O que você projeta? Tem meta de assistências? De gols?
- Metas todos têm. Quero ser titular durante a temporada e ajudar o time, mas, claro, respeitando o espaço de cada um. Quero conquistar o professor no dia a dia, demonstrando meu trabalho. Penso em fazer gol, mas isso é consequência do meu trabalho e o objetivo é sempre sair de campo com 3 pontos

E... falando de gol: você fica imaginando como vai sair o seu primeiro como profissional?
- Fico imaginando, mas não é algo que fica na minha cabeça toda hora. Na hora que tiver que acontecer Deus vai me abençoar e eu só sei que vou comemorar com a torcida.
A sua atuação contra o Coritiba, na última vitória do Vasco no ano passado... você lembra das suas reações após o jogo, da torcida, do vestiário, em casa? O que você sentiu e o que você ouviu e leu naquele momento? Teve cobrança por mais?
- Cobrança sempre teve, tanto da família, quanto da minha torcida, porque todos sabiam do meu potencial na base, então não seria diferente agora. Nos jogos contra o Coritiba e contra o Confiança, por exemplo, nos quais jogamos muito bem, sempre mantive meu pé no chão, sabia que nada estava ganho. Agora foco no acesso em 2022.
O Vasco está passando por uma reformulação e já tem gente pensando em te ver atuando mais à frente. Você se enxerga jogando mais avançado ou acredita que sua carreira será mais como lateral mesmo?
- Sim, me vejo jogando mais à frente, mas acho que não é o momento agora. Cheguei nas Seleções Sub-15, Sub-17, Sub-20 e em todas as outras de base jogando como lateral, então acredito que essa posição me fez chegar no profissional e na Seleção. Não tem motivo para mudar agora, mas não posso falar como será lá na frente. Se o professor precisar de mim jogando na ponta ou um pouco mais avançado, estou à disposição, mas prefiro jogar no meu lugar de origem.

Hoje com 19 anos, o que você projeta para sua vida e sua carreira? Europa, carreira longa no Vasco como o Henrique, também lateral-esquerdo, que ficou oito anos...
- Meu maior sonho é jogar na Seleção Principal, ainda mais porque já tive essa experiência de representar o Brasil na Sub-15, na Sub-17 e na Sub-20. Penso, sim, em um dia jogar no exterior, na Europa, mas, no momento, estou focado em levar o Vasco de volta à Série A e quero fazer história aqui, deixar meu nome marcado. Sou muito grato ao clube por tudo. Estou muito feliz e espero que em 2022 nós alcancemos nossos objetivos.