Zé Ricardo comandou o Vasco sob forte chuva na Arena ChapecóDaniel Ramalho/Vasco

Rio - Segue a pressão no Vasco da Gama. Na noite da última sexta-feira, em Chapecó-SC, o Gigante da Colina não saiu do 0 a 0 com a Chapecoense e chegou ao terceiro empate nas três primeiras rodadas da Série B do Brasileirão. O resultado pode fazer com que a semana seja turbulenta e o próximo jogo, no meio da semana, seja com São Januário lotado, porém com duras críticas das arquibancadas.
Isso porque no embarque do time rumo a Santa Catarina, no Aeroporto do Galeão, Zé Ricardo foi pressionado e ouviu fortes cobranças de membros de uma torcida organizada do clube. O técnico comentou o episódio após o empate com a Chape.
"Entendo a frustração, mas também entendo que essa não é a maneira melhor de protestar. Esse é um problema muito mais profundo pelo o que vem acontecendo com treinadores, equipes, jogadores no Brasil. Recentemente tivemos episódios que por pouco não ocorreram coisas mais graves. Tomara que as autoridades investiguem esses fatos. Temos visto punições dentro dos estádios. Por que não fora dos estádios?", questionou o comandante vascaíno.
Perguntado sobre sua permanência no clube, o técnico afirmou que tem total confiança no elenco e que não passa por sua cabeça a entrega do cargo. A respeito do jogo, amenizou o resultado longe do Rio de Janeiro e projetou a próxima rodada.
"No futebol, às vezes, as coisas não acontecem da forma como queremos. Até o momento que eu me sentir confortável, confiar nos atletas, quero seguir. Sei que é uma situação dura a do Vasco. Existem cicatrizes abertas e acabamos pegando muito dessa rebarba. Lógico que temos que melhorar e evoluir. Mas só vejo isso acontecendo com trabalho, não vejo outra maneira. Acredito muito nesse grupo. Quem acompanha sabe o quanto ele se dedica. Vamos encarar a Ponte Preta. Já imaginamos o estádio com uma pressão muito grande. Espero que a torcida entenda isso", finalizou.
O Vasco da Gama volta a campo pela Série B na próxima quarta-feira (27), às 21h30, contra a Ponte Preta, em São Januário.