Jorge Salgado, presidente do VascoRafael Ribeiro/Vasco

Rio - Após ter procura de ingressos três vezes maior em relação à capacidade de São Januário, o Vasco alugou o Maracanã para enfrentar o Cruzeiro, no próximo domingo (12), em partida válida pela Série B. O que o Cruzmaltino não esperava era o aumento do valor do aluguel, e agora, a exclusão nas receitas dos bares, algo que sempre aconteceu em jogos como mandante do estádio. Além disso, o pedido de ter uma faixa com mensagem institucional foi vetada e, gerou um pedido de reconsideração. Mesmo assim, o clube acatou as exigências do Consórcio para não prejudicar os torcedores. As informações são do "GE".
Os impasses entre o Vasco e Maracanã iniciaram após o clube questionar o valor para utilizar o estádio no domingo. Ao contrário de jogos anteriores, quando o aluguel foi de R$ 90 mil, o Cruzmaltino terá de pagar R$ 250 mil dessa vez, além da taxa de R$ 130 mil por ressarcimento de custos, como água e energia. Enquanto Flamengo e Fluminense pagam R$ 90 mil por partida, o clube carioca, por sua vez, entende que deveriam ser seguidas as mesmas regras, assim como ocorreu no Estadual, quando mandou um jogo da semifinal diante do Flamengo e pagou R$ 90 mil, além da taxa de ressarcimento de R$ 75 mil.
Como novo imbróglio, nesta sexta-feira (10), o fato de o clube ter sido excluído das receitas dos bares gerou um novo ofício ao Consórcio, que foi assinado pelo presidente Jorge Salgado e, solicita que o Maracanã cumpra o termo de permissão de uso do estádio, assinado em 2019 pelo então governador Wilson Witsel e por Rodolfo Landim e Pedro Abad, respectivos presidentes de Flamengo e Fluminense na época, e que insira a participação do Vasco nas receitas dos bares, "posto que o valor arrecado , certamente, mitigará os altos custos arcados pelo CRVG para disputar a partida no Maracanã e garantirá a justa e indispensável igualdade de condições entre os clubes do Rio de Janeiro na locação do estádio".
Além disso, a solicitação do Vasco por uma faixa com a frase: "Desde 1898 o legítimo club do povo, Club de Regatas Vasco da Gama, Respeito, igualdade e inclusão" foi vetada pelo Consórcio do Maracanã, de acordo com o portal "Papo da Colina". E, conforme o "GE", o problema foi o conteúdo da mensagem. Dessa maneira, o Cruzmalltino enviou um pedido de reconsideração.
Mesmo se sentindo prejudicado, o Vasco resolveu pagar os R$ 250 mil pelo aluguel do Maracanã para não ter problemas em relação aos torcedores do Rio de Janeiro e do Cruzeiro, vascaínos de 22 estados que estarão envolvidos nesta partida e virão de outros locais para assistir ao clássico no estádio. De acordo com o jornalista Lucas Pedrosa, o clube não quer dar 'margem alguma' para o Consórcio 'dificultar' a realização da partida.