A escolha de Maurício Souza como técnico do Vasco causou surpresa em uns, espanto em outros. Diferentes fatores despertaram a rejeição de parte da torcida. Mas questões táticas, financeiras e conjunturais explicam o nome do substituto de Zé Ricardo. É o que costuma ser chamado de "processo" no clube. Gosto da torcida à parte, mais de 50 profissionais foram analisados e poucos consultados antes da investida final.
O Cruz-Maltino não deseja promover uma ruptura de estilos táticos nem mexer no que entende estar funcionando. Isso uma vez que o time mostrou evolução desde a reformulação do departamento de futebol, passando pela formação do elenco e chegando até a vitória sobre o líder Cruzeiro. As engrenagens estão funcionando, aparentemente.
O clube também entende que os métodos de treino e procedimentos de toda sorte em curso no CT Moacyr Barbosa estão corretos. De modo que a chegada de muitos profissionais - o que é comum quando se contrata um treinador mais experiente - traria mais riscos do que benefícios. Também o ambiente atual é considerado excelente. Maurício chega com somente um auxiliar.
E é claro que o lado financeiro teve relevância também. Este mesmo LANCE! já havia publicado que o Vasco precisava de alguém que se adeque ao momento de iminente transição à gestão da 777 Partners; custo que não necessitasse de investimento robusto, exatamente por ainda não ter a parceria confirmada; pouco histórico de atritos por onde passa; e capacidade de dar sequência a trabalhos em andamento.
Maurício Souza, além de já ter tido Carlos Brazil como superior no Flamengo, se adequa aos pré-requisitos acima. É um dos poucos que se encaixa. Foi escolhido com a missão de dar sequência ao que está dando certo: time invicto, no G4 e em momento de evolução.
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