Luiz Mello detalhou os planos do Vasco para o futuroDaniel RAMALHO/VASCO

Com R$ 700 milhões de reais para investir no clube, seja em reforços ou estrutura, o Vasco quer mudar de patamar de forma imediata. Não só com um time competitivo para 2023, mas com estrutura para fornecer as melhores condições para todos os seus funcionários.
Um dos primeiros passos foi a entrada na disputa pela licitação pública para administrar o Maracanã, em parceria com a WTorre e a Legends, em disputa com o consórcio formado por Flamengo e Fluminense - atuais administradores do estádio. Em entrevista coletiva, o CEO Luiz Mello explicou a estratégia do Vasco com a medida, afirmando tanto que São Januário e Maracanã são as casas do Vasco.
"Entendemos que temos duas casas, São Januário e Maracanã. O potencial construtivo de São Januário é um processo político, vamos fazer de tudo para que o estádio seja ampliado com dinheiro privado, a reforma que São Januário precisa. E vamos precisar do Maracanã. A WTorre tem arenas importantes no Brasil. O Maracanã é rentável sim, podemos fazer eventos também, e isso será bom para o estado do Rio. A Legends é operadora dos maiores estádios do mundo e eles querem colocar o Maracanã no portfólio deles. Estamos trazendo profissionalismo, pessoas certas para o lugar certo. A junção Legends, WTorre e Vasco potencializa a utilização do Maracanã
Temos interesse na concessão e até mesmo numa concessão precária. Mandamos um ofício ao governador. Entendemos que podemos atuar nessa concessão precária, já queremos que a próxima renovação já leve isso em consideração. Estamos conversando para poder utilizar o Maracanã o mais breve possível. Não existe razão para que o Vasco não seja chamado para a conversa sobre Maracanã, então não pensamos em judicializar ainda. Nos colocamos à disposição, estamos falando publicamente sobre nosso interesse, íamos participar da licitação, que não aconteceu", afirmou.
Além dos estádios, a 777 Partners também olha para o investimento nos centros de treinamento do Vasco, seja o CT Moacyr Barbosa e até mesmo no CT das categorias de base em Duque de Caxias. Luiz Mello explicou a situação dos dois locais e os planos da diretoria para a melhoria dos dois CTs.
"Temos dois CTs, duas concessões públicas. O CT Moacyr Barbosa é da Prefeitura, existe uma transição em sair da associação para a SAF e estamos em conversa com a Prefeitura para fazer essas obras. Os dois campos estão em obras e a ideia é que nos próximos 45 dias aconteçam as melhorias. Em Caxias (CT da base) é uma concessão federal, estamos no trâmite para transferir para a SAF e, quando tivermos segurança jurídica, vamos investir. Entendemos que investimento no futebol não é só em atletas, mas em estrutura. Por isso até ficamos quatro dias em um resort em Itu para que todos tivessem com a cabeça só no jogo", detalhou.
Mello também falou sobre os prazos para a conclusão da reforma completa do CT Moacyr Barbosa. Sem fornecer uma data concreta pela complexidade das obras, o CEO afirmou que o torcedor verá mudanças significativas até o início do Campeonato Carioca.
"É um processo que vai demorar mais de uma temporada (reforma do CT). O projeto original de seis Campos não é rápido botar um campo de pé demoram seis meses. Temos que tirar os muros, capinar, planar e começar a estrutura de campo. Vamos aumentar o campo e melhorar. Se até dia 8 não tiver pronto temos a possibilidade de usar São Januário. O Carioca só começa dia 15 de janeiro, temos tempo até lá. É uma concessão pública, só vamos fazer o investimento se tivermos segurança jurídica, estamos conversando com o governo. Até termos essa segurança, vamos fazer mudanças para dar conforto aos atletas. Até o começo do Carioca vamos ter algumas mudanças significativas", concluiu.