Carros-pipa fazendo o processo de purificação da água para o consumo da populaçãoSecom - Prefeitura de Guapimirim

Guapimirim – Moradores de bairros do segundo distrito de Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, estão enfrentando falta de água. Por conta disso, estão sendo socorridos com carro-pipa por parte da prefeitura. A população afetada receberá água será abastecida pela empresa Fontes da Serra. Entre os bairros prejudicados estão o Vale das Pedrinhas, Vila Olímpia e Várzea Alegre, por exemplo.
A água passa por um processo de remoção de ferrugens e de impurezas num caminhão-pipa antes de ser distribuída aos moradores.
“Nós estamos passando por uma crise hídrica, uma das maiores dos últimos 91 anos. Então, todo mundo que tem água na sua residência, favor não vamos desperdiçar, porque a crise existe, e se a gente não começar a economizar água, vai faltar”, alertou a prefeita de Guapimirim, Marina Rocha.
O drama vivido por moradores do segundo distrito de Guapimirim é crônico e já remonta de pelo menos duas décadas, tempo em que a Fontes da Serra atua nesse município. Ao longo de todo esse tempo, a concessionária não investiu em melhorias tampouco aumentou sua capacidade de produção para atender os bairros mais distantes do Centro.
De acordo com a prefeita de Guapimirim, Marina Rocha, numa rede social, a Procuradoria Geral do Município estaria analisando os contratos relativos à concessão da Fontes da Serra.
“Isso é uma solução provisória. Pois, já estamos estudando com o nosso jurídico, junto com a nossa administração pública, para que o problema da falta de água no segundo distrito realmente seja resolvido. Sabemos que a nossa cidade tem uma concessão, e nós não podemos passar por cima dessa concessão. Por isso, o poder público fica dependente da burocracia para que a gente avance (...)”, informou a mandatária guapimiriense.
Em janeiro de 2019, em pleno verão escaldante, cerca de 60 mil habitantes de Guapimirim enfrentaram uma grave crise hídrica por quase uma semana, devido a um deslizamento de terra no rio Soberbo. A água ficou turva e difícil de ser tratada. Foi preciso uma força-tarefa formada pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), governo estadual, Defesa Civil Municipal e voluntários para ajudar a população, distribuindo água potável.
Parte da responsabilidade pela escassez de água num município que produz água doce, como é o caso de Guapimirim, é também de ex-prefeitos que já comandaram a cidade. Eles não investiram nem impuseram que a concessionária ampliasse a rede de abastecimento.