A pandemia mudou a nossa forma de viver, e é preciso se ajustar ao novo "normal" para superar essa crise globalFrauke Riether - Pixabay - Creative Commons

Guapimirim – O município de Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, sente os efeitos econômicos provocados pela pandemia de coronavírus (Covid-19), que chegou ao Brasil em março do ano passado. E isso não é diferente das mais de cinco mil cidades brasileiras que viram a economia minguar ao longo de 2020 e de 2021.
Bares, restaurantes, pousadas, pontos turísticos e o comércio em geral. Os empresários sentiram no bolso com o fechamento dos estabelecimentos. As graves consequências atingiram os trabalhadores, muitos dos quais perderam seus empregos ou suas vidas. Parece clichê dizer algo que já se sabe. A verdade é não há vencedores num país com mais de 614 mil óbitos. E os fatos precisam analisados e reanalisados para que os erros do passado não se repitam.
A questão aqui não é dizer se os comércios deveriam ou não ter sido fechados. O país e o mundo ainda enfrentam uma grave crise sanitária, e no começo quase nada se sabia sobre o vírus, tampouco existiam vacinas disponíveis. O que restava fazer, na época, era usar máscaras, higienizar as mãos e adotar políticas de isolamento e de distanciamento social em meio a um vilão desconhecido.
Conhecimento e tecnologia permitiram a comunicação em nível global e o trabalho em conjunto com a comunidade científica internacional no compartilhamento de dados na tentativa de driblar essa crise com contornos sanitário, social, econômico e político.
Com a vacinação em andamento, está sendo possível a flexibilização das medidas sanitárias, com a reabertura de bares, pontos turísticos, lojas etc. É preciso deixar claro que a pandemia ainda não acabou, ainda mais com tantas variantes surgindo. É fundamental uma gestão responsável da crise para que todos consigam superar os desafios e, assim, seja possível reaquecer a economia e estimular a oferta de empregos.
Em Guapimirim, o turismo é um forte aliado para fomentar a economia. E isso depende de parcerias público e privadas. Os estabelecimentos do ramo podem aderir ao Turismo Consciente RJ, programa do governo do Estado do Rio de Janeiro, e à Rede de Negócios da Serra Verde Imperial (Mercoserra), uma associação privada de incentivo ao turismo e à economia formada por empresas da Região Serrana. O Dia já explicou sobre isso em reportagens online.
No projeto Turismo Consciente RJ, por exemplo, os estabelecimentos precisam assumir o compromisso de seguir as orientações em vigor no enfrentamento ao coronavírus. No site www.turismoconscienterj.com.br é possível baixar um material informativo sobre o assunto.
Guapimirim foi incluída na Mercoserra no último dia 18 de novembro, após a prefeitura formalizar sua adesão durante evento no último dia 5 do mesmo mês. Fazer parte dessa rede empresarial pode facilitar a obtenção de empréstimos ante a Agência Estadual de Fomento (AgeRio) para reestruturar os negócios afetados por conta da pandemia.
Não basta abrir as portas para o turismo e esperar os turistas chegarem. É preciso dizer a eles que Guapimirim é uma cidade segura e que a pandemia está sob controle. É preciso promover um turismo consciente e responsável, com adoção de medidas rígidas no enfrentamento ao coronavírus, com o estrito cumprimento de protocolos sanitários e sem aglomerações, para evitar que os visitantes tragam novas cepas.
Em Guapimirim, ao menos 44.055 pessoas já tomaram a primeira dose de vacina contra o Covid-19, segundo o Vacinômetro da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro divulgado no último domingo (28/11). A população-alvo inicial a ser imunizada nessa cidade era de 45.667. Portanto, é possível dizer que a maioria da população adulta já se imunizou.
Não basta ser uma cidade abençoada por Deus e pela natureza ou ser acolhedora. O incentivo à reabertura do turismo está intimamente implicado a políticas sanitária e de controle, a fim de evitar que a economia seja novamente golpeada se houve um novo avanço da doença. Não se pode colocar a economia acima da vida. E essa responsabilidade não é apenas do poder público. É também da iniciativa privada, que costuma oferecer certos serviços.
Em Guapimirim, é possível visitar o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso), o Parque Estadual dos Três Picos (PETP), a Área de Proteção Ambiental (APA) Guapimirim, as cachoeiras da Concórdia e Véu da Noiva, a Capela de Sant’Anna, entre outros pontos turísticos.
No Parnaso encontram-se o Dedo de Deus – símbolo do montanhismo no Brasil – o Mirante do Soberbo, o Museu Von Martius, a Paróquia Nossa Senhora da Conceição do Soberbo, além de espécies de fauna e da flora nativa da Mata Atlântica.
Em muitos desses locais, o uso de máscara é obrigatório. A prática precisa ser uma iniciativa do cidadão, de pensar no bem comum e coletivo e de uma sociedade civilizada, para que juntos todas e todos superem tantas adversidades impostas por esse vírus.