Trem da Supervia na estação de GuapimirimDivulgação / Internet

Guapimirim – A SuperVia suspendeu desde ontem (25/1) a circulação de trem no ramal Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, devido a uma “manutenção emergencial” no trem que realiza as viagens entre Saracuruna, em Duque de Caxias, a Guapimirim.
“Em função de manutenção emergencial no trem que realiza as viagens entre Saracuruna – Guapimirim, encontra-se temporariamente suspensa a operação da extensão Guapimirim. Os clientes estão sendo informados também através do sistema de áudio das estações. Nossas equipes atuam para restabelecer o quanto antes”, informou a concessionária em seu portal.
Pelo que se pode perceber, só existe um trem nesse ramal. No último domingo (23), o serviço tinha sido interrompido por conta de uma manutenção prévia programada – que costuma ocorrer uma vez por mês – na via férrea.
A próxima manutenção programada está prevista para o próximo dia 13 de fevereiro.
Desse modo, os guapimirienses que precisam ir até as cidades do Rio de Janeiro ou de Duque de Caxias, por exemplo, ficam com menos opções de transportes públicos, devido à escassez do serviço prestado pela SuperVia. A eles só restam pagar mais de R$ 12 numa passagem de ônibus ou de van. Com o Riocard ativo na função Bilhete Único, a tarifa vai para R$ 8,55.
Apesar do péssimo serviço praticado, está previsto um aumento na passagem de trem de R$ 5 para R$ 7 a partir do próximo dia 2 de fevereiro. O reajuste é previsto em contrato com o governo fluminense e usa como base o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acumulado entre 1º e 30 de novembro de 2020.
A Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp), em sessão deliberativa, no passado dia 29 de dezembro, reconheceu o direito de a concessionaria reajustar a tarifa em 17,89% do IGP-M, medido pela Fundação Getúlio Vargas (IGP-M).
No entanto, a Agetransp autorizou o governo estadual a não acatar a cifra de R$ 7 e transferiu a responsabilidade das negociações para o governo e a SuperVia.
Em nota divulgada no início deste mês, a SuperVia defendeu o novo valor na passagem e alegou não receber subsídio governamental como outros estados dispõem às prestadoras de serviço ferroviário.
“O reajuste tarifário previsto em contrato considera custos fixos com a operação que foram fortemente impactados pela inflação, como energia, manutenção dos trens e da via férrea, aquisição de peças e equipamentos importados para reposição nos trens, entre outros. Em paralelo, vale lembrar que em 2021, também registramos o aumento de furtos e vandalismos de materiais ferroviários, o que infelizmente elevou nosso custo operacional.
Estamos em tratativas com o Governo do Estado do Rio de Janeiro para avaliar as medidas possíveis para reduzir os impactos do reajuste aos clientes, preservando as características do Contrato de Concessão e garantindo o equilíbrio econômico financeiro da empresa”, manifestou a SuperVia em alguns trechos da nota incluída nesta reportagem.