O Comperj passou a ser chamado de GaserjPetrobras - Divulgação

Guapimirim – A Agência Nacional de Petróleo (ANP) abriu uma consulta pública, nessa sexta-feira (25/3), para receber informações e contribuições, com o intuito de poder elaborar um edital de chamada pública para a contratação de capacidade incremental de transporte de gás natural no Gasoduto Itaboraí-Guapimirim (Gasig). O prazo para manifestação vai até o próximo dia 8 de abril.
O projeto prevê a construção, por parte da empresa Nova Transportadora do Sudeste (NTS), de uma extensão de 11 quilômetros e capacidade nominal de 18,2 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. O objetivo é transportar o hidrocarboneto oriundo do Gasoduto Rota 3 e processado nas unidades de processamento de gás natural (UPGNs) do antigo Comperj até o sistema integrado de transporte de gás natural. O Gasig se interligará com o Gasoduto Cabiúnas (Reduc) – Gasduc III na altura do km 143,7, em Guapimirim.
O Gasoduto Rota 3 tem 355 quilômetros de extensão, sendo 48 quilômetros por via terrestre e 307 quilômetros por via marítima, e levará gás natural do pré-sal para a costa brasileira. Os testes operacionais finais nas partes terrestre e rasa estão previstas para acontecer no segundo semestre de 2022, segundo o portal Petronotícias, portal especializado nesse tipo de tema.
O antigo Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) teve o seu nome alterado para Gaslub por parte da Petrobras.
O futuro edital prevê a contratação de transporte na modalidade firme no ponto de partida Itaboraí por 15 anos a partir de 1º de março de 2023. Nessa modalidade, o transportador deve programar e transportar regularmente o volume diário de gás natural previsto em contrato, conforme estabelecido pelo artigo 34 da nova Lei do Gás (Lei nº 14.134/2021.
Em janeiro deste ano, a Petrobras deu início a testes operacionais no polo Gaslub, que passou a receber gás natural não processado oriundo do Terminal Cabiúnas. A entrada do produto foi feita a partir do Gasoduto Guapimirim-Comperj I (Gaserj).
O antigo Comperj – agora Gaserj – tem sido uma antiga promessa de crescimento econômico e de geração de emprego para os municípios do entorno devido à capacidade de atrair empresas petroquímicas e de produção de produtos derivados de petróleo como o plástico, por exemplo. Além disso, com o aumento de volume de petróleo e gás, há um incremento no recebimento de royalties nos municípios por onde esses dutos passam.
O Comperj começou a ser construído em 2008, em Itaboraí, município fluminense, e as obras foram paralisadas entre 2014 e 2015 no auge dos escândalos de corrupção da Lava-Jato em que a estatal petrolífera estava involucrada.
As atividades para fazer com que o Comperj entre em funcionamento foram retomadas em setembro de 2021. Em 2013, as obras tinham sido paralisadas por determinação da Justiça Federal, depois que as licenças ambientais concedidas pelo Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (Inea) foram canceladas.
A chamada pública será conduzida indiretamente pela empresa NTS. Para acessar a consulta pública, clique aqui.