Itaboraí - A ave de rapina foi encontrada presa por uma linha de pipa por uma moradora que acionou a guarda. A Secretaria Municipal de Segurança, por meio do Grupamento de Especial de Proteção Ambiental (GEPAM) da Guarda Municipal, resgatou uma coruja-orelhuda (Asio clamator) no bairro de Bela Vista, em Itaboraí. O animal passará por avaliação veterinária para ser reintroduzido à natureza.
Apesar de ter passado por esse susto de ficar presa por uma linha. A coruja-orelhuda teve a sorte de ser encontrada pela professora de biologia Flávia Cordeiro, da Escola Municipal Professora Cecília Augusta dos Santos, em Outeiro das Pedras. Ela e sua irmã Leia Cordeiro foram surpreendidas com um pio constante vindo do quintal. Ao procurar a origem do barulho, encontraram a ave presa pela pata tentando alçar voo.
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“Ela estava com várias voltas de linha na pata que a impedia de voar. Parecia que estava sentindo dor. Como na época da faculdade fiz um curso de ave de rapina, eu pedi ajuda da minha irmã para imobilizá-la, retirar a linha e obrigá-la até a ajuda chegar”, contou Flávia.
Como já estava anoitecendo e perceberam que o animal não tinha condições de voar, as irmãs ligaram para uma amiga veterinária de animais silvestres para receber orientações de como manter a ave segura até a chegada da Guarda Ambiental. Para passar a noite fria, a coruja ficou abrigada numa gaiola aquecida por lâmpada e também foi alimentada com pedaços de fígado. O GEPAM realizou o resgate logo pela manhã da quinta-feira e encaminhou o animal até a Coordenadoria Ambiental da Guarda Municipal de Niterói para ser avaliada por um veterinário e reintroduzida na natureza.
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“Ao encontrar um animal silvestre, a população pode solicitar o resgate por meio do canal de telefone 153, da Guarda Municipal de Itaboraí, que as informações relativas à proteção ambiental são encaminhadas para o GEPAM. Estamos sempre prontos para fazer a captura segura e encaminhar para os médicos veterinários. Essa corujinha agora vai se recuperar em Niterói e depois vai voltar para natureza”, disse o guarda ambiental Oliveira.
A coruja-orelhuda (Asio clamator) resgatada pelas irmãs de Bela Vista é uma ave de rapina – uma vez que a espécie captura e leva consigo o alimento – e é chamada assim pois, no alto da cabeça, sobre os olhos, apresentam penas ressaltadas que se assemelham a orelhas. O animal — que não faz mal aos seres humanos e inclusive ajuda no controle de roedores e anfíbios pode ser encontrado em todos os biomas brasileiros, com exceção das áreas florestais da Amazônia e, frequentemente, está nos centros urbanos, segundo o site do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
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