A assembleia virtual teve como resultado a concordância pela greve, negando qualquer iniciativa de volta presencial às aulas - Divulgação - Sepe Itaguaí
A assembleia virtual teve como resultado a concordância pela greve, negando qualquer iniciativa de volta presencial às aulasDivulgação - Sepe Itaguaí
Por Jupy Junior
ITAGUAÍ – Profissionais da rede pública da educação municipal filiados ao seu sindicato em Itaguaí receberam a seguinte informação: a greve está decretada. Merendeiras, inspetores, auxiliares de serviço geral, serventes, professores, funcionários e demais trabalhadores devem se recusar a voltar às escolas para atividades presenciais.
O Sepe-Itaguaí (Sindicato dos Profissionais de Educação, representação municipal) fez sua assembleia na manhã desta segunda-feira (15) e publicou a seguinte nota na sua página na rede social Facebook: “Atenção rede municipal de ensino. Aprovada na assembleia de hoje a greve pela vida de todas as atividades presenciais da educação. Isto significa que todo o grupo de apoio não precisará mais ir às escolas e que nenhum dos outros profissionais precisará também ir, mesmo que seja para retirar blocos de atividades.
Publicidade
Toda a qualquer atividade na educação deverá ser feita de maneira remota, devendo o município se organizar para tal, com acompanhamento do sindicato da educação. A greve terá início em 22 de fevereiro de 2021, data a partir da qual nenhum servidor (de nenhum grupo de trabalho da educação) terá mais de ir às escolas e deverá permanecer à disposição ao trabalho remoto em seu turno de trabalho ou outro combinado com a chefia”.
NEGOCIAÇÕES NÃO AVANÇAM
Apesar de ter ocorrido uma reunião na sexta-feira (12) entre a secretária municipal de Educação - Nilce Ramos – e representantes do Sepe-Itaguaí, a expectativa por uma ata do encontro, que oficializaria as discussões, se frustrou. O governo prometeu o envio a posteriori do documento, porém, segundo o Sepe-Itaguaí, isto não aconteceu.
Publicidade
Segundo o sindicato, várias tentativas de promover reuniões aconteceram, quase todas frustradas. Além disso, o sindicato afirma que a prefeitura procura marcar os encontros em termos não-oficiais, procedimento do qual os sindicalistas não concordam.
A prefeitura enviou a seguinte nota a O DIA: “O sindicato foi recebido no último dia 12 de fevereiro. Os esclarecimentos foram prestados, inclusive sobre a análise das aulas presenciais e as variantes possíveis, de acordo com Decreto 4557/2021”.
Publicidade
AULAS MARCADAS PARA 1º DE MARÇO
No dia 28 de janeiro, o prefeito Rubem Vieira (Podemos) e a secretária Nilce Ramos protagonizaram um vídeo publicado na página da rede social Facebook da prefeitura. Em determinado momento do vídeo, o prefeito disse que as aulas recomeçarão no dia 1º de março, em esquema que combina presencial e online. Disse ainda que as explicações posteriores seriam dadas também via Facebook.
A greve decretada pelo Sepe-Itaguaí começa no dia 22 de fevereiro porque esta é a data de retorno dos servidores que fazem atividades fora da sala de aula, mas dentro da escola, como serventes, auxiliares de limpeza etc.
Publicidade
Em termos gerais, apesar de outras reivindicações mais amplas e antigas, o Sepe-Itaguaí tem uma pauta relativamente simples: enquanto houver epidemia e os grupos envolvidos com a educação não forem vacinados, não vai ter aulas presenciais.
O DIA solicitou entrevista com a secretária Nilce Ramos, mas, até o momento, não recebeu resposta.