O Presidente Gil Torres leu na íntegra uma carta anônima entregue à Casa Legislativa responsabilizando-o pela operação e permanência de força policial na comunidade conhecida como Sem-Terra. Divulgação
A abertura das investigações aconteceu durante a 2ª Sessão Ordinária do ano e o principal assinante foi o próprio Presidente da Casa, vereador Gil Torres (PSL), que obteve apoio de todos os vereadores com a aceitação das duas denúncias.
Ameaças ao chefe do Legislativo
Antes do início da Ordem do Dia, o Presidente Gil Torres leu na íntegra uma carta anônima entregue à Casa Legislativa o responsabilizando pela operação e permanência de força policial na comunidade conhecida como Sem-Terra.
Na ocasião, o Presidente da Casa Legislativa, vereador Gil Torres (PSL), foi até a tribuna explicar sobre as diferenças de prerrogativas entre Poder Legislativo e Poder Executivo. Gil rebateu boatos de que estaria dando ordens a servidores do Poder Executivo.
O vereador destacou que as ações do seu Gabinete de Rua, que tem o objetivo de recolher demandas, já garantiu o envio de cerca de 2 mil ofícios ao Poder Executivo em um ano, e que está trabalhando em seu mandato para fazer o que é certo.
A pauta voltou à tona com o recebimento da carta. Gil explicou novamente que o tema não é de sua atribuição e sequer tem sua gerência e afirmou que o tom de ameaça contido na carta agora será devidamente investigado.
O parlamentar contou que logo que os primeiros boatos sobre o assunto surgiram, foi realizado um registro na Polícia Civil, e o Ministério Público e demais órgãos competentes foram comunicados para que os fatos fossem elucidados.
– Eu não mando na polícia, nenhum vereador, prefeito ou qualquer outra autoridade manda na polícia – explicou o vereador, acrescentando que a ligação da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) com o município se dá através do convênio para policiamento ostensivo através do Programa Estadual de Implantação de Serviços (Proeis).
Gil contou que entendeu o recebimento da carta como uma tentativa de intimidação. O parlamentar afirmou que não será intimidado e que não está envolvido com qualquer tipo de ato ilícito. Lembrou que atuou de forma firme na Comissão Processante que culminou com a cassação do ex-prefeito Charlinho, que sua gestão à frente da CMI foi responsável pela adesão da instituição ao Programa Nacional de Prevenção à Corrupção e que não irá se omitir.
– Não tenho medo de vagabundos – afirmou, acrescentando que quem espalhou informações caluniosas terá que se explicar.
Gil afirmou que nem ele, nem nenhum outro vereador de Itaguaí entrará para a estatística de representantes do povo assassinados e cobrou providências do Governo do Estado para garantia de segurança.
– Que o senhor Governador ouça o que estou falando e nos ampare. Eu tenho família, tenho filhos. Não estou aqui para entrar para a estatística – cobrou o parlamentar.
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