Família ubaense, Labeta, se dedica a cafeicultura e tem sido destaque no município.
Família ubaense, Labeta, se dedica a cafeicultura e tem sido destaque no município.Lili Bustilho
Por Lili Bustilho
SÃO JOSÉ DE UBÁ - O ano começa com agricultores de São José de Ubá, no Noroeste Fluminense, apostando na cafeicultura, o que já tem gerado resultados satisfatórios em relação a essa monocultura na cidade que tem o plantio de tomate como tradição. A Emater-Rio por meio do escritório situado no município tem firmado parceria com os agricultores.
Norma Lúcia do Santos, responsável pelo escritório local da Emater-Rio, em entrevista exclusiva ao O Dia enumerou alguns aspectos relacionados a monocultura ubaense. "No município, nos primórdios, tínhamos café, algodão, arroz, milho e com a chegada do tomate acabou de certa forma as outras opções, Agora estamos fazendo um processo de reversão, reconstruindo. Em São José de Ubá tive o prazer de conseguir implantar a primeira lavoura de café, voltando aos velhos tempos.", destaca. Continua após foto.
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Cafeicultura ubaense se destaca no Noroeste Fluminense. - Foto: divulgação
Cafeicultura ubaense se destaca no Noroeste Fluminense.Foto: divulgação
Família Labeta - O agricultor, Alciono Silva Labeta, do sítio Ferreira, é um dos que se dedica a cafeicultura. Ele teve 4 mil pés de café da espécie arábica plantados em 2017 com incentivo do programa Rio Rural. Segundo dona Norma, a primeira colheita da família Labeta ocorreu em 2020, entre os meses de março e abril, com a estimativa de 60 sacos despoldados. Em 2019, houve o plantio de mais 4 mil pés de café conilon Clonal sendo a primeira colheita prevista para este ano (2021) com cerca de 100 a 120 sacas do produto. Em 2020, mais 4 mil pés foram plantados sendo a colheita estimada para 2022. Continua após foto.
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Primeira colheita da família Labeta ocorreu em 2020. - Foto: divulgação
Primeira colheita da família Labeta ocorreu em 2020.Foto: divulgação
Ainda de acordo com Norma Lúcia, ao término de 2020 foram contabilizados na cidade um total de 12 mil pés de café plantado entre as espécies Colinon e Arábica. "A irrigação é feita por gotejamento em toda área.  Fizemos também plantação de milho, banana, mandioca, mamão, abacate para um sistema de sombreamento . Trabalhamos sem agrotóxicos fazendo tudo apenas sistema orgânico. Fonte de Recursos é o Programa Rio Rural que tem linha de Crédito pelo Pronaf que é o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar", explica.
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O que a Emater-Rio desenvolveu em 2020 em São José De Ubá?
Foi um ano difícil, devido à pandemia tivemos que reinventar uma forma de trabalhar utilizando as ferramentas digitais e através das mesmas conseguimos ter lugar de destaque no AGRO do nosso Estado.
Contribuímos na renovação e emissão de documentos, estamos divulgando a Cultura do Café. Para o próximo ano teremos mais 4 produtores interessados em implantar a Cultura. Contribuímos orientando os Programas Sociais do Governo Federal, contribuímos para à venda de cestas de produtos delibery, orientamos a Campanha de Devolução de Embalagens Vazias de Agrotóxicos, Campanha de Febre Aftosa nos meses de março e novembro, entre outras ações. 
Mesmo diante cenário de distanciamento social, o órgão informa que manteve o atendimento ao público alvo no município, sendo a maior parte realizada de maneira home office através do whatsapp, Facebook, Instagram, com o apoio de rádio comunitária, enfim, todas as divulgações e as capacitações desenvolvidas através de aplicativos.

Projetos da Emater-Rio ubaense previstos para 2021?
Entre alguns dos projetos estão a revitalização do Mercado do Produtor do Noroeste Fluminense; volta da Feira da Agricultura Familiar e do Artesanato; criação da Casa do Artesão com apoio da Prefeitura Municipal; ênfase nas áreas social, econômica, cultural e ambiental; organização rural reestruturando as associações existentes. Também daremos continuidade ao Turismo de Base Comunitária Esporte em Harmonia com o Ambiente visando a geração de emprego e renda para a população e o desenvolvimento econômico do município.
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Produção de café em alta no interior do Rio. - Foto: divulgação
Produção de café em alta no interior do Rio.Foto: divulgação