Claudio Castro falou sobre a valorização aos agricultores. "O concurso, muito mais do que uma competição, é uma exposição. É uma possibilidade para aquele que doa sua vida pelo campo de mostrar o seu trabalho. Quando temos eventos como esse, a gente percebe a riqueza do nosso estado. Temos que inverter a lógica de só ajudar o grande agricultor e incentivar também o pequeno". Ele também ressaltou o trabalho para impulsionar a economia fluminense. "A questão tributária é um grande desafio para o governo e, em breve, vamos enviar para a Assembleia Legislativa um pacote de medidas de modernização. Entre elas, está o tema dos tributos. O Rio de Janeiro tem cerca de 300 diferentes cadeias tributárias. É preciso tornar o estado mais atrativo para o empreendedor".
Fidélis e Alyne Rodolphi, que levaram o primeiro lugar nas categorias Café Natural e Café com Cereja Descascado, fazem parte da terceira geração de produtores. "É muito gratificante receber este prêmio porque é um trabalho que eu e minha família fazemos há cinco anos. Desenvolvemos tecnologia para produção de cafés especiais e já somos finalistas deste concurso pela quarta vez. Agora, saímos campeões", contou Fidélis, que é descendente de italianos e vem de uma geração de cafeicultores. "Toda a nossa família é envolvida com a produção de café. O concurso vem para dar visibilidade para nossa região, que tem um trabalho de excelência. Com o prêmio, vamos seguir investindo na nossa produção", revelou o agricultor fluminense, de 30 anos. Continua após foto.
Marcelo Queiroz, destacou o bom desempenho dos participantes, que tiveram seus produtos analisados por especialistas em café. "É importante essa integração entre associação e secretarias em prol do desenvolvimento desse produto".
Os lotes de cafés especiais que participaram do concurso já foram leiloados, arrematados e entregues aos respectivos compradores. O concurso foi realizado pela Associação dos Cafeicultores do Estado do Rio de Janeiro (Ascarj), com o patrocínio da Secretaria de Agricultura e apoio da Emater, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais, do Sebrae, da Cooperativa de Produtores de Café do Noroeste Fluminense e do Ministério da Agricultura.
Produção fluminense - Segundo dados da Emater-Rio, a produção total do café fluminense em 2019 foi de 27.698 toneladas de grãos verdes. O número total de produtores foi de 2.550, com 13 mil pessoas ocupadas na atividade de produção e extração, e um valor total obtido com a produção de R$ 75 milhões. A região Noroeste do Estado concentra 72,2% da produção, enquanto a Região Serrana é responsável por 27,6%, a maioria de pequenos e médios produtores. "Estamos desenvolvendo diversas medidas para dar maior visibilidade e maior possibilidade de os cafeicultores fluminenses se expandirem para o mercado nacional", comentou o secretário de Desenvolvimento Econômico.