O levantamento foi feito pela Firjan com base nos registros de carteira assinada do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. Mas, se os desafios ainda persistem em Itaperuna, por exemplo – que ainda se recupera com 766 vagas perdidas no auge da pandemia - a construção de edifícios vem alavancando os empregos da região. Esta foi a atividade com o maior número de contratações (+155), com destaque para Italva (+162). Já em Bom Jesus, o número de novas vagas foi impulsionado pelo comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios (+124).
“Os números demonstram a força do Noroeste Fluminense para a economia do Estado, mesmo neste que é um dos momentos mais difíceis que todos nós já vivemos. O desafio continua, mas os resultados mostram que há esperança e bons caminhos pela frente”, disse o presidente da Firjan Noroeste, José Magno Hoffmann.
Já no Norte Fluminense, Campos dos Goytacazes fechou o ano com saldo positivo de 281 contratações. A cidade foi também a que mais contratou nos segmentos industriais “Produtos derivados de petróleo e de biocombustíveis” (+87) e “Produtos alimentícios” (+326), setores que se destacaram no Estado. Já Macaé, que ainda vem se recuperando do ano típico, fechou dezembro com o quarto mês consecutivo entre os maiores contratantes do Estado do Rio.
“O resultado de dezembro mostra que a recuperação continua, e a expectativa é de que a gente siga nesse processo. Mas isso vai depender muito do avanço da vacinação e também das reformas, questões importantes ainda pela frente para a gente definir a velocidade da recuperação”, disse Jonathas Goulart, gerente de Estudos Econômicos da Firjan.
Recuperação gradual
No balanço do mercado formal de trabalho, o estado do Rio encerrou o atípico ano de 2020 com saldo negativo de 127.155 vagas de emprego com carteira assinada. A volta das atividades no segundo semestre permitiu a recuperação de 33,5% dos postos de trabalho que haviam sido perdidos nos seis primeiros meses do ano, auge da crise. Ou seja, até junho, o saldo negativo chegou a 191.330 vagas, mas 64.175 mil vagas foram recuperadas no segundo semestre, a despeito das adversidades.
O total do setor industrial – que contempla as indústrias de Transformação, Extrativa, Construção e Serviços Industriais de Utilidade Pública (Siup) – foi influenciado pelo balanço de dezembro, quando apresentou seu primeiro saldo negativo desde junho (-2.540). A maior parte das vagas perdidas ocorreu na Construção (-1.774). Entre os setores da economia, o de serviços apresentou o pior desempenho (- 86.900, mais da metade dos empregos perdidos no estado), seguido do comércio (-22.052) e da indústria (-18.233). Somente a agropecuária registrou abertura de vagas (30) ao final do ano.
“O resultado negativo de dezembro pra indústria é um efeito sazonal, pois é comum haver esse saldo negativo no fim do ano da indústria, ao contrário do que acontece com o comércio nesse período”, explicou Jonathas Goulart, gerente de Estudos Econômicos da Firjan.