Priscila Torquato postou uma foto em suas redes sociais no dia 23 de fevereiro, simulando estar grávida.
Priscila Torquato postou uma foto em suas redes sociais no dia 23 de fevereiro, simulando estar grávida. Foto: Reprodução.
Por Bertha Muniz
MACAÉ - Parentes de Priscilla Torquato da Silva, de 21 anos, principal suspeita de matar a gestante Pâmela Ferreira Andrade Martins, de 22 anos e arrancar o bebê, que morreu horas depois, da barriga da mãe, em Macaé, afirmaram que a mulher mentiu sobre a gravidez para toda sua família.

O crime aconteceu nesta quarta-feira (17) na comunidade Nova Holanda. Após subtrair o bebê, um menino, Priscila foi até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Barra de Macaé, onde informou que havia dado à luz em casa e que a criança seria seu filho. O recém-nascido chegou morto a unidade de saúde e a equipe médica transferiu a suspeita para o Hospital Público Municipal (HPM) para que ela fizesse exames para constatar o fato relatado.
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Durante exame clínico, médicos do HPM desconfiaram da versão de Priscila e solicitaram uma ultrassonografia e um beta HCG para averiguar a versão dela de que estaria grávida. Ambos os exames deram negativos, o que, segundo a equipe que atendeu Priscila, significa que pelo menos nos últimos três meses ela não esteve grávida. Com o mesmo nome da vítima, Pamela, umas das irmãs de Priscila, contou que toda a família acreditava na gravidez.
“Ela fez barriga, toda a família acompanhou a gravidez dela. Ela disse que teve contrações e pariu no banheiro de uma amiga, mesmo tendo um cunhado médico podendo a acompanhar. Achamos a versão muito estranha, mas estávamos todos preocupados com ela, minha mãe está na Bahia e ficava ligando para ela, acompanhando. Minha outra irmã acompanhou o ensaio fotográfico que ela fez de gestante e fez uma rifa de chá de bebê para ela. A gente até chegou a ficar de luto pela morte do bebê, enquanto não sabíamos na monstruosidade que ela cometeu. Só penso no que ela fez com a vida dela, ela nem pensou que tem um sobrinho, a menina que ela matou tem o mesmo nome que eu. Para que isso, para prender homem? Filho não prende homem não”, disse.

Ainda segundo a irmã de Priscila, o cunhado dela foi até ao HPM quando ela estava internada fazendo exames e encontrou em sua bolsa vários instrumentos que podem ter sido utilizados para realizar o parto de Pamela, como estilete, canivete, faca, cola, agulha e até um isqueiro.

Priscila foi presa em flagrante e transferida para um presídio feminino em Campos dos Goytacazes ainda nesta quinta-feira (18) A Polícia Civil investiga o caso. Os corpos de Pamela e do bebê continuam no Instituto Médico Legal (IML) de Macaé, aguardando liberação. O sepultamento de mãe e filho está marcado para ocorrer nesta sexta-feira (19), no município de Carapebus.