Especialistas sugerem providenciar medidas administrativas que facilitem a importação desses medicamentos que estão em falta
Especialistas sugerem providenciar medidas administrativas que facilitem a importação desses medicamentos que estão em faltaFoto: Divulgação.
Por Bertha Muniz

MACAÉ - Duas cidades bem próximas à Macaé entraram em colapso, após atingirem a ocupação máxima dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para a Covid-19. Na sexta-feira (19), o prefeito de Campos dos Goytacazes, Wladimir Garotinho (PSD), anunciou que o município está com 100% de ocupação dos leitos de UTI nas redes pública e privada, sendo que treze adultos e quatro crianças infectadas pelo coronavírus estão aguardando na fila de espera por um leito.

O subsecretário adjunto de Atenção Básica e Vigilância Sanitária, Charbel Kury, informou que este é o pior momento da pandemia e que o município vem somando todas os esforços a fim de conseguir novos leitos. “Nos hospitais particulares também não há vagas, o diretor do Hospital Geral de Guarus (HGG) está juntando uma força-tarefa, a Faculdade de Medicina de Campos doou respiradores”, informou Chabel, ressaltando a importância de agora mais do que nunca reforçar as medidas de distanciamento. A cidade tem 22.868casos confirmados, 20.686 recuperados e 794 óbitos pela Covid-19, segundo o último boletim, divulgado pela prefeitura, neste sábado (20).


Rio das Ostras também entrou em colapso. Segundo o último boletim, divulgado pela prefeitura nesta sexta-feira (19), todos os únicos 11 leitos de UTI disponíveis na cidade, somando rede pública e privada, estão ocupados por pacientes com Covid-19. Os 46 leitos clínicos do Hospital de Campanha e dos Pronto- Socorros, também estão ocupados por pessoas com a doença. Não há mais leitos na cidade. Rio das Ostras tem 23.113 casos suspeitos, 8.176 casos confirmados, 5.723 casos curados, 213 óbitos e outras 20 mortes sendo investigadas pela Covid-19.


Pacientes de cidades vizinhas recorrem à Macaé
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No dia 8 de março, um balanço divulgado pela prefeitura apontou que moradores de cidades vizinhas à Macaé, considerada um polo regional no Norte Fluminense e parte da Região dos Lagos, que enfrentam dificuldades de atendimento pelo Sistema Único de Saúde (Sus) têm recorrido ao Centro de Triagem do Paciente com Coronavírus (CTC) e aos hospitais da cidade. A situação piorou nos últimos dois meses, quando números apontaram que quase metade dos pacientes atendidos na Capital do Petróleo, são oriundos de outros municípios.

De acordo com informações do CTC, somente nos meses de janeiro e fevereiro, ao todo 46% dos pacientes atendidos em Macaé era formada de moradores de municípios do entorno. E deste total, 36% eram de pessoas oriundas de Rio das Ostras, onde há apenas 5 leitos de UTI em toda a rede SUS da cidade. O prefeito de Macaé, Welberth Rezende, corre para evitar um estrangulamento do sistema de saúde e, para isso, adotou medidas mais rígidas regras na cidade, por meio de um decreto visando coibir a aglomeração de pessoas em bares, ruas, festas clandestinas, entre outros.

Segundo o último boletim, divulgado pela prefeitura neste sábado (20), Macaé tem 22.301 casos de coronavírus confirmados. Destes, 21.972 são pacientes recuperados/removidos (total de recuperados mais quantidade de óbitos). A cidade contabiliza 332 óbitos por Covid-19. As taxas do município são: de ocupação de leitos terapia intensiva SUS Covid-19, 72%; de letalidade 1,48 e de taxa de incidência 261,6 (média semanal).