Cultura Afro-Brasileira será intensificada nas escolas de Macaé
Lei 10.639/2003 institui a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira
A Secretaria Municipal de Educação visa reforçar a formação integral voltada para reconhecimento das etnias, diversidade cultural, conscientização e valorização da identidade - Divulgação
A Secretaria Municipal de Educação visa reforçar a formação integral voltada para reconhecimento das etnias, diversidade cultural, conscientização e valorização da identidadeDivulgação
Macaé - A rede municipal de ensino vai intensificar o trabalho do "Programa de Cultura Afro-Brasileira" nas escolas municipais. O objetivo é reforçar as ações nas salas de aula quanto às relações étnico-raciais e a Lei 10.639/2003, que institui a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira. Para isso, recentemente, foi realizado um encontro com a secretária de Educação, Eliane de Araújo, a secretária adjunta de Educação Básica, Andrea Carvalho, as superintendentes da pasta, além de profissionais, militantes e representantes de instituições que tratam de questões como o combate ao racismo.
No encontro, foi formada a proposta de elaboração de um grupo de trabalho que participará, a partir do dia 13 de setembro, de visitas em escolas conforme calendário específico. De acordo com a secretária de Educação, Eliane de Araújo, a reunião foi marcada por diálogo e escuta. "Este foi o primeiro de muitos encontros em que estamos ouvindo sugestões. Também serão alinhadas novas estratégias para reforçarmos as atividades nas unidades escolares. A Secretaria de Educação visa reforçar a formação integral voltada para reconhecimento das etnias, diversidade cultural, conscientização e valorização da identidade", ressaltou.
Macaé conta com o programa de Cultura Afro-Brasileira e Diversidade, vinculado à Superintendência de Educação Integrada, que trabalha com a temática das relações raciais, inserindo o indígena (Lei11645/08), sendo assim a rede municipal segue a previsão de duas leis, que visam a obrigatoriedade dos estudos de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena nas escolas.
Estavam presentes no encontro: Dorniê Matias (advogado e ativista), Miriam Amaral Queiroz ( assistente social, conselheira de saúde e vice-presidente da Unegro), Tatiana Costa (professora da rede municipal), Letícia Pereira (militante independente), e Guilherme Florentino (professor de Artes e articulador). Eles compartilham da opinião "que as visitas nas escolas firmam a cooperação técnica e que a luta antirracista deve ser tratada na educação, com a implementação de projetos específicos nas escolas para gerar transformação e fortalecimento de ações como pós-graduação e formações voltadas para temas como africanidade, medalha Carucango, rodas de conversa e trabalhos com ênfase na cultura e saúde da população negra".
O encontro contou, ainda, com a participação da secretária adjunta de Educação Básica, Andrea Carvalho, da superintendente Administrativa, Simone Carvalho, da superintendente Orçamentária, Luiziane Luzitano, da superintendente de Educação Multiprofissional, Janaína Pinheiro, além da superintendente de Educação Integrada, Leandra Lopes, e da coordenadora de Cultura Afro-Brasileira e Diversidade, Kátia Magalhães.
A superintendente de Educação Integrada, Leandra Lopes, observou que a rede trabalha a aplicabilidade da lei 10.639/2003 e que a integração com as instituições e participantes dos movimentos ligados à cultura negra é importante. "Trabalhar a diversidade é essencial para o desenvolvimento do escolar", pontuou. Já a coordenadora de Cultura Afro-Brasileira e Diversidade, Kátia Magalhães, destacou que os diálogos com os representantes da sociedade civil e movimentos são prioridades. "Temas ligados à africanidade e ao racismo serão reforçados com o oferecimento de subsídios aos professores com atendimento específico às escolas", ressaltou.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.