Diretor do Dona Alba, Marlone Carvalho, foi convidado pelo vereador Paulista (Podemos) para explicar sobre a fila de exames Divulgação/Ivana Gravina

Macaé - A Câmara de Macaé recebeu nesta terça-feira (22) o diretor do Centro de Especialidades Dona Alba, Marlone Carvalho. O principal assunto foi a longa fila para exames. Ele disse que são solicitados 3 mil mensalmente, devido a um acúmulo ainda do governo passado, e que são realizados 2,5 mil. “Nosso objetivo é zerar essa demanda a mais.”
Para atingir esse objetivo, o Dona Alba vai fazer um mutirão para recadastrar os usuários que estão na lista de espera, cerca de 16 mil. Segundo Marlone, o número era de 26 mil e foi reduzido com a retirada de pessoas que, por diferentes motivos, não precisam mais do procedimento. “O número também caiu graças à aquisição de equipamentos e contratação de profissionais”.
Alguns pontos da fala do médico foram comentados por Amaro Luiz (PRTB). “Fiquei impressionado que vocês estejam atendendo solicitações de 2019 e que 25% dos agendados faltem aos exames. Certamente, muitos morreram ou desistiram”.
Paulo Paes (Democratas) lembrou de um paciente que esperou mais de dois anos por um teste, que por não ser feito, impediu o diagnóstico. “A situação foi resolvida já na gestão atual, mas era um caso de autismo que se agravou por falta de tratamento”.
Transparência
Iza Vicente (Rede) lembrou que há um projeto de sua autoria, vetado pelo Executivo, no sentido de dar transparência à lista de espera: colocá-la na internet. Por meio de um código, para preservar a privacidade, o paciente sabe quantos devem ser atendidos antes dele. “Pessoas morrem nessas filas. E nós temos os recursos para resolver, inclusive, com um grande crescimento na arrecadação”.
Uma visita a unidades de saúde em São Paulo motivou o comentário de Reginaldo do Hospital (Podemos). “Devemos aprender com quem é referência. Lá, cada médico deve fazer um número determinado de atendimentos por dia. Quando falta um paciente, alguém que não estava agendado é contatado para comparecer”.
Edson Chiquini (PSD) sugeriu priorizar os macaenses no atendimento, mas Marlone explicou que o padrão SUS não permite, pois é um sistema nacional. O presidente Cesinha (Pros) afirmou: “Temos muita esperança no novo modelo de saúde que o prefeito Welberth Rezende está articulando e que terá o apoio desta Casa”.
Marlone Carvalho foi convidado pelo vereador Paulista (Podemos).