O monólogo faz a público conhecer Florbela de forma mais íntimaDivulgação/Rui Porto Filho
Entusiasmado, o advogado Luiz Antônio Rabello, 44 anos, destacou a importância da iniciativa. “A peça foi muito além das minhas expectativas. É um privilégio ter acesso a um espetáculo tão rico e potente em Macaé. O monólogo faz a gente conhecer Florbela de forma mais íntima, mas, também, nos permite uma conexão com a nossa própria essência”, destacou Rabello.
De acordo com a atriz, Ana Cecília Reis, a escritora Florbela não aceitava a opressão da mulher no casamento. “Ela foi mal vista por ter se casado por três vezes. Ela se divorciou duas vezes nos anos 20, porque buscava por alguém que não a considerasse um acessório. Ela queria uma vida de paixão e de comprometimento, negando-se a viver o casamento de convenção. Florbela fala sobre o julgamento da sociedade e do apagamento de seu trabalho enquanto artista, tudo que ainda está muito presente. Isso é também falar da saúde mental das mulheres da contemporaneidade e da importância de uma rede apoio para elas”, completa Ana Cecilia.
Premiado pelo Edital Retomada Cultural 2, um incentivo da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro e também contemplado com o Bolsa Jovens Criadores de Portugal, a dramaturgia de Ronaldo Ventura foi inspirada em cartas e diários da poeta.
A produção e iluminação do espetáculo são assinadas por Paulo Barbeto, que é de Macaé e formado pela Escola Municipal de Artes Maria José Guedes (Emart). Ele começou na Emart ainda criança, no Curso Livre de Teatro, até concluir o Técnico e ingressar na faculdade de Teatro da UniRio, no Rio de Janeiro. Atualmente, Paulo é conselheiro de Cultura em Macaé.
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