Alunos da rede municipal de Magé refletem sobre racismo nas escolas
Alunos da rede municipal de Magé refletem sobre racismo nas escolas Divulgação / Prefeitura de Magé
Por O Dia
Magé - A Secretaria de Educação e Cultura de Magé realiza nesta sexta-feira (14), uma palestra online sobre educação escolar quilombola com a mestra em Políticas Públicas e Gestão da Educação Givânia Maria da Silva, do quilombo de Conceição das Crioulas, em Salgueiro (PE). Ela vai falar sobre educação escolar quilombola.
Segundo o coordenador de Promoção da Igualdade Étnico Racial e Diversidade da Secretaria de Educação e Cultura, Victor Hugo Machado, representantes das 105 escolas e creches da rede municipal foram convidados. Ele pontuou que Magé, como uma das poucas cidades com três quilombos reconhecidos no estado, precisa ser vanguarda neste debate. “Temos um quantitativo majoritário de alunos de ascendência negra, o que torna imperativo para nós essa discussão”, afirmou.
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Reflexão sobre o racismo nas escolas municipais do município
Depois dos 21 Dias de Ativismo contra o Racismo em abril, as escolas da rede municipal de ensino de Magé aproveitaram a última quinta-feira, 13 de maio, Dia da Abolição da Escravatura, para refletir sobre a data. Alunos discutiram o tema em sala de aula e debateram como combater o preconceito racial. Para o coordenador Victor Hugo Machado, o momento é “de reflexão, de desconstrução e de problematização de uma ideia romantizada criada pela História”. “Foi nessa linha que orientamos as escolas a trabalharem o 13 de maio em sala de aula”, revelou.
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Na Escola Ruth Taldo França, em Santo Aleixo, as discussões sobre o tema dominaram as aulas de Artes do professor Diego Fonseca. Alunos das sexta, sétima e oitava séries chegaram a produzir um vídeo de pouco mais de 1 minuto sobre racismo como trabalho curricular. Para Diego, tratar deste assunto e ver a percepção de cada estudante é gratificante. “Quando temos um aluno que não fala muito, mas que, no fim do trabalho, chega e, do jeitinho dele, diz que o racismo é errado e que a gente precisa amar as pessoas como elas são, isso indica que o trabalho valeu a pena”.
Para explicar seu entendimento sobre o que é o racismo, a aluna Sofia Asthine, 14 anos, usou um estojo de lápis de cor: “Geralmente, quando uma criança vai pintar a cor da pele de alguém em um desenho, os adultos ensinam a usar o lápis bege. Mas, não, esse não é o único lápis que pode ser usado. A gente tem que aprender a usar esse (o marrom) também”, pontuou.
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