Primeiro encontro terá participação de lideranças quilombolas e representantes das comunidades Maria Conga, Kilombá e Feital.Divulgação/Prefeitura de Magé.

Por O Dia
Magé - A Prefeitura de Magé inaugura neste sábado (10), o projeto itinerante “Agenda Escutatória”, uma série de encontros com grupos culturais que vão acontecer mensalmente em lugares distintos. O projeto visa estabelecer o diálogo com grupos culturais existentes no município e pautar o poder público com suas demandas.

“Magé vem realizando ações em diversas áreas da cultura mageense. A nossa proposta é levar essas ações a diversas partes do município para conversar com grupos específicos e receber suas demandas para pautar o poder público e possivelmente transformar essas pautas em políticas públicas”, explica o diretor do Departamento de Cultura de Magé, Alexsandro Rosa.

O primeiro encontro que terá participação de lideranças quilombolas, representantes das comunidades Maria Conga, Kilombá e Feital, vai abordar questões ligadas aos territórios e os segmentos de sua cultura e educação, começa amanhã às 10h, no Quilombá, (Quilombo de Bongaba), na rua Angélica, S/N, em Piabetá. Serão cumpridos todos os protocolos de prevenção contra a Covid-19.

A secretária municipal de Educação e Cultura, Sandra Ramaldo, comentou sobre a importância do projeto."Magé é um lugar de muitas histórias e patrimônios, um verdadeiro museu a céu aberto. Fomentar a cultura em formato de escuta é uma das nossas missões”, disse a secretária.
Quilombos mageenses

Magé possui três quilombos certificados (Maria Conga, Feital e Kilombá) e uma história forte com a população negra e indígena, onde inclusive, muitos rios e ruas da cidade carregam esses nomes. Sinônimo de resistência negra, os quilombos são historicamente locais onde os escravos se refugiavam e resgatavam suas origens africanas. O Quilombo Kilombá foi certificado, em 2018, pela Fundação Cultural Palmares e é reconhecido como quilombo pela Associação de Comunidades Remanescentes de Quilombos do Estado do Rio de Janeiro (Acquilerj). Além dele e do Quilombo do Feital, o Quilombo Maria Conga, foi o primeiro mapeado pela Unesco na Baixada Fluminense.