Integração na Saúde recupera paciente de Cabo Frio após 145 dias internado no Che
O responsável técnico do Melhor em Casa de Cabo Frio, Júnior Curcino, acrescentou que o Melhor em Casa é um programa de nível nacional.
Integração na Saúde recupera paciente de Cabo Frio após 145 dias internado no Che - Foto: Vinícius Manhães
Integração na Saúde recupera paciente de Cabo Frio após 145 dias internado no CheFoto: Vinícius Manhães
Por O Dia
Maricá - O Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara realizou, nesta sexta-feira (11/06) a alta de um paciente internado há 145 dias. Roberto Pereira da Silva vai completar no próximo mês 60 anos e poderá comemorar com a família a data e seu renascimento. A alta é resultado de um trabalho integrado em Saúde que envolveu o Núcleo Interno de Regulação (NIR) da unidade de saúde especializada no tratamento de Covid-19, o Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) de Maricá e o Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) de Cabo Frio – ambos do Programa Melhor em Casa.
“Graças à integração entre os setores e os municípios, além da participação das equipes de assistência à saúde e da Comissão de Curativo do Che, a história tem uma continuação feliz e, em breve, ele estará ao lado das pessoas que ama”, comenta a secretária de Saúde de Maricá, Simone Costa.
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Roberto deu entrada na unidade no dia 18 de janeiro, encaminhado do Hospital Municipal Otime Cardoso dos Santos, de Cabo Frio, por via regulação estadual, já sedado e intubado, para o Centro de Terapia Intensiva (CTI) do HMECG. Entre idas e vindas do setor para a Semi-Intensiva e da Semi para o CTI, ele superou ainda uma parada cardíaca de 19 minutos e sobreviveu.
Mesmo apresentando dificuldades na fala, devido à traqueostomia, Roberto deixa visível sua alegria por saber que após cinco meses, estará em breve no conforto de casa e ao lado da família. “A vida me ensinou muito, da forma mais difícil, mas foi. Me sinto um vitorioso. Você não consegue imaginar”, comemora Roberto, pai de um casal e avô de: “muitos netos”, como ele mesmo disse.
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“Em determinado momento, ele estava tão desanimado e deprimido que não queria se alimentar. Fui persuasivo e insistente para que ele compreendesse a importância da alimentação na sua recuperação. Fico muito feliz de vê-lo indo para casa hoje”, disse o médico Paulo Eduardo Kyburz, da Semi-Intensiva 1.
Para o enfermeiro, coordenador do NIR do Che Guevara, Leonardo Queiroz, esse é mais um dia em que vale a pena ter escolhido a profissão que escolheu. “É emocionante ver um paciente, após tantas complicações, voltar para o lar e ter garantida a continuidade no seu tratamento, mesmo sendo morador de outro município. Isso é a base dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS): universalidade, integralidade, equidade e regionalização”, pondera Leonardo.
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A filha de Roberto, Jéssica Milão Pereira, de 31 anos, teve seu bebê, Helena, no período em que o pai estava internado e mal pode esperar pela chegada dele para conhecer a neta. “O sentimento que nós temos é de muita felicidade. Só temos que agradecer a deus porque depois de tudo o que ele passou, ele é um milagre. Agradeço a toda a equipe do Che Guevara por terem cuidado tão bem do meu pai, principalmente as assistentes sociais e os médicos que passavam o boletim de saúde diariamente para a gente e nos traziam paz. A gente nunca deixou de ter fé”, Jéssica.
O Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) – Melhor em Casa de Maricá fez uma visita ao paciente internado no Che Guevara e elaborou um laudo para enviar ao SAD de Cabo Frio, explicando a necessidade do acompanhamento do paciente. Só desta forma que a alta responsável do paciente foi possível. O gerente do SAD, do Programa Melhor em Casa de Maricá, Anderson Pereira, explicou que a característica principal do programa é a desospitalização.
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“O NIR entrou em contato e falou da necessidade da nossa avaliação, solicitada pelo SAD de Cabo Frio. Minha equipe esteve no Hospital Che Guevara, trocamos informações com os profissionais do hospital e vimos que ele está bem e pode ter continuidade no tratamento pelo Melhor em Casa de Cabo Frio, onde ele reside”, destacou.
O responsável técnico do Melhor em Casa de Cabo Frio, Júnior Curcino, acrescentou que o Melhor em Casa é um programa de nível nacional, por isso essa integração entre municípios e estados deve acontecer, e é primordial para que o Serviço de Atenção Domiciliar funcione de forma eficaz.
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“Quando existe essa avaliação em conjunto, a gente consegue fazer com que esse paciente seja desospitalizado de maneira segura. Quando ele não é do mesmo município, é legal que aconteça essa interação entre coordenadores, já que um deles irá admitir um paciente que foi o outro colega quem fez a desospitalização. Ganha primeiramente o paciente, que vai sair de uma unidade e ser poupado de outras infecções, e ganha o município tanto de Maricá, porque gera leito, quanto de Cabo Frio, que tem esse paciente tratado dentro de seu domicílio com segurança e trazendo de volta o vínculo familiar, que faz a diferença na recuperação”, ressaltou Júnior Curcino.
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