A volta às aulas foi comemorada pelos alunos, que estavam cansados de estudar à distância e ansiavam pelo reencontro com os amigos de salaKatito Carvalho

As aulas do ano letivo começaram em Maricá no dia 07/02, seguindo o formato escalonado. Os primeiros a voltar, foram os alunos do 9º ano do ensino fundamental. No CEM Joana Benedicta Rangel (Centro), parte dos 297 alunos das oito turmas compareceu no primeiro dia de aula.

"Oferecemos um acolhimento afetuoso aos que vieram e, no geral, nossa perspectiva é muito boa. As faltas que tivemos já eram esperadas, pois são aqueles alunos que só retornam mesmo após o período de Carnaval", afirmou a diretora da unidade, Vanda Timóteo.

Entre os estudantes, era grande a alegria por reencontrar os amigos e a expectativa de completar o ano letivo sem ter que assistir aulas à distância. Foi o que afirmaram Caíque Carvalho, morador do Caju e Eduardo Ferreira de São José do Imbassaí. Ambos com 14 anos.

"Era difícil manter o foco só no computador em casa. Tomara que não pare de novo", torce Eduardo. "Foi muito tempo sem estudar direito e é bom poder voltar agora", afirma Caíque.

Atualmente, também já estão tendo aulas, os estudantes do 8º, 7º; 6º; 5º; 4º; 3º ano e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Em março, voltam as turmas do 2º e do 1º ano; da Pré-Escola; Maternal e do Berçário, concluindo em 18/03, o retorno completo dos 28 mil alunos da rede municipal de ensino.

Esta é a primeira vez, desde o início da pandemia da Covid-19 em 2020, que as aulas acontecem de forma totalmente presencial. Por isso, a vacinação infantil é de suma importância, para garantir um retorno totalmente seguro e os pais são fundamentais para fortalecer esse processo.

"As aulas estão retornando às salas de aula com toda a segurança, mas os pais devem ter discernimento e devem passar aos filhos todas as medidas de segurança que devem ser tomadas. Afinal, somos o exemplo que eles têm. É preciso orientar sobre a importância da vacina, ter o cuidado de explicar a eles os porquês da imunização, conversar sobre tudo para conscientizar. Fiquei muito feliz quando as crianças começaram a se vacinar em Maricá, tudo de forma rápida, com ótimo atendimento e de referência no país", justifica Vanessa Bezerra, mãe de Nicolly, de 10 anos.

Maricá foi a primeira cidade do estado do Rio de Janeiro a vacinar crianças, começando pelas indígenas no dia 14/01. Até o momento, o município conta com 9.133 vacinadas crianças contra a Covid-19, o que corresponde a 60,8% do público estimado entre 5 a 11 anos.
 
Inclusão digital vai auxiliar no desenvolvimento dos alunos

O reencontro com os amigos é apenas um dos motivos que os estudantes da rede municipal de ensino têm para comemorar. É que a Prefeitura adquiriu 12.500 tablets com acesso à internet para uso exclusivo de quem está cursando do 4º ao 9º ano em 2022.

Segundo a Secretaria de Educação, o equipamento é de extrema importância para a inclusão digital e o desenvolvimento da cultura digital dos alunos, além de permitir o reforço de conteúdos em casa, a partir de vídeos e atividades lúdicas. A previsão é que os aparelhos sejam entregues já no próximo mês.

Os professores da rede não serão contemplados com os tablets, pois já receberam auxílio conectividade para a aquisição de equipamentos tecnológicos de livre escolha. Mas, a equipe técnica da secretaria contará com 77 desses dispositivos.


Oficina de manipulação de alimentos

Uma alimentação saudável baseada nas recomendações nutricionais é fundamental para o bom rendimento escolar e aprendizagem. Para incentivar as boas práticas em serviços de alimentação e o uso integral de verduras, frutas e legumes no ambiente escolar, 237 merendeiras participaram de uma oficina de manipulação de alimentos.

Segundo a nutricionista da Secretaria de Educação, Lourici Bittencourt, a capacitação foi essencial para que as merendeiras aprendessem na teoria e na prática, como incluir e adaptar alimentos nas receitas, utilizando, por exemplo, a casca das frutas.

"A formação permanente do profissional é fundamental para agregar valor ao trabalho desenvolvido. Se a comida é bem feita, bem aproveitada, o aluno irá gostar. Por isso, realizar uma capacitação com as merendeiras para engrandecer e aperfeiçoar o trabalho e o conhecimento delas é sempre fundamental", avaliou Siara Barcellos, diretora do CAIC Elomir da Silva (São José do Imbassaí), onde a capacitação foi realizada.

Merendeira da Escola Municipalizada Ministro Luis Sparano, Michele Alves completou: "O curso é de suma importância para aprendermos a aproveitar as cascas e todo o alimento. Vou utilizar o que aprendi em casa e na escola, para uma alimentação saudável".