Representantes da Delegacia Especializada no Atendimento da Mulher, do Centro Especializado de Atendimento à Mulher de Mesquita e Centro Integrado de Atendimento à Mulher da Baixada Fluminense participaram do debate 'violência contra mulher' em Mesquita.
Todas as representantes agradeceram pela oportunidade de falar sobre o assunto, visto que é apenas com a junção de instituições que haverá avanço no combate à violência contra a mulher, informou a pasta.
Entre elas, a já aposentada delegada Maria Camardella. “Nossa vivência não é de flores. Eu passei por violência em casa, mas dei a volta por cima, porque sabia que não deveria permanecer assim. E, se eu pude, todas nós podemos”, declarou a mesquitense, que também é militante dos direitos das mulheres
Apesar de todos os avanços, esse ainda é um tema que exige atenção. Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, os números de feminicídio diminuíram no país. Entretanto, as denúncias de lesão corporal dolosa aumentaram em 0,6%; ameaças, em 3,3%; e assédio, em 6,6%. As denúncias de violência doméstica também apontaram crescimento de 4% no último ano.
Para a coordenadora municipal de Políticas para Mulheres, Silvânia Almeida, o assunto é delicado. “Acho importante, ainda, falar sobre os avanços que tivemos até aqui. E, com certeza, as parcerias. Saúde, Educação, Guarda Municipal, todos esses são setores que têm nos auxiliado da melhor forma possível. Assim como a Patrulha Maria da Penha”, garantiu.
O trabalho de orientação em Mesquita é feito além de espaços especializados no atendimento à mulher, como é o caso do CEAM e do Espaço da Mulher Mesquitense, e chega até as escolas. Isso devido ao esforço da Guarda Municipal, que roda as unidades com palestras para meninas de 12 a 17 anos, abordando temas como relacionamento abusivo e violência.
“Nós devemos entender a nossa função social na vida dessas mulheres. E isso serve para todas as pessoas. Nós, enquanto segurança pública, participamos diretamente das ocorrências e estamos engajados em prevenir com que mais mulheres sofram e por isso orientamos as meninas nas escolas. Mas é preciso que todos apoiem esse propósito”, disse a coordenadora do Grupamento da Ronda Escolar, Paula Arruda.
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