O Sindicado dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) denunciou, na última quarta-feira (20/7), as empresas de ônibus de Niterói, além do poder concedente, a Prefeitura, junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e ao Ministério Público do Estado (MPRJ), sobre a retirada dos ônibus, que circulavam na madrugada no Terminal João Goulart, os chamados ‘sereno’.
Segundo o Sindicato, a ausência dos ônibus, além de causar enorme prejuízo à população, também afeta os rodoviários, que estão sem meios de transporte para chegar em seus locais de trabalho, ou seja, as próprias companhias de ônibus, no horário do primeiro turno. Eles são obrigados a usar seus próprios veículos ou se organizar em caronas com amigos.
"É lamentável a total falta de sensibilidade, tanto das empresas, quanto do poder público, com um meio de transporte essencial para a população, pois, se uma pessoa passar mal de madrugada, não terá acesso a um hospital. Isso sem contar os trabalhadores, que saem muito cedo de casa para locais distantes", disse Rubens dos Santos Oliveira, presidente do Sintronac.
As empresas alegam que a alta do diesel e a falta de reajuste tarifário tem comprometido seu faturamento e inviabilizado suas operações. "Ao mesmo tempo, o poder público justifica sua inércia com um suposto projeto de reformulação do transporte em Niterói, que, no entanto, não foi apresentado para discussão entre os mais interessados, a população e os trabalhadores rodoviários. Portanto, têm responsabilidade sobre esse verdadeiro absurdo, que prejudica a todos nós. Tudo isso é realmente lamentável”, finalizou o sindicato no texto.
Procurada, a Secretaria Municipal de Urbanismo e Mobilidade de Niterói informou que as empresas que integram os consórcios que operam no município não estão autorizadas a reduzir a quantidade de ônibus no período da madrugada. "A Secretaria irá reforçar a fiscalização no local e, se for verificada a redução, os consórcios serão multados", afirmou a pasta no texto.
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