A artista Wil Catarina vai estar com a exposição "O que o olhar evoca" no MAC.Divulgação
Sobre as exposições:
“Ruínas e lembranças: histórias da cidade de Niterói”
Mostra fotográfica, em que a artista repara ruínas. E não as repara por consertá-las, torná-las inteiras de novo, mas, sim, porque ela tem esse poder: o de unir os dois distintos significados da palavra ‘reparar’. De olhar e de recuperar. Como uma tela rasgada, que precisava de restauração, ela costura. Não com linhas, mas com seu olhar e sua câmera.
O público vai ver 35 fotos que mostram uma outra face da cidade, muito diferente da evocada pela modernidade e pela concretude do MAC. Uma face que pode contar histórias que estavam quase apagadas pelo tempo.
“A cidade é vista como viva, como corpo e suas cicatrizes são substituídas pelas feridas do espaço, o abandono, a saudade, o luto. A memória. O que está por dentro. As ruínas que aqui aparecem, evidenciam a inevitável ação do tempo. A impermanência. A natureza pegando de volta o que foi tomado. A imagem que punge e mortifica. Que machuca, mas também cura”, explica Giuliana.
Giuliana Pacini mostra o que nem o tempo e nem o homem podem destruir: essência. O projeto conta com o incentivo da prefeitura de Niterói e da Secretaria Municipal das Culturas (SMC), por meio do Programa Municipal de Retomada Econômica do Setor Cultural.
“O que o olhar evoca”
Projeto luminotécnico assinado por Widimar Ligeiro, a exposição consiste em um conjunto de obras inspiradas em oito fragmentos de madeira encontrados na natureza, transformados e nomeados esculturas, tornando-se provocações com base no olhar da artista e dos espectadores.
Os fragmentos são traduzidos pela artista em 22 desenhos intitulados ‘Expressões Gráficas’, realizadas sobre papel craft em dois tamanhos diferentes. O público vai poder ver também duas pinturas em acrílica sobre canvas em grandes dimensões. Para acompanhar a tridimensionalidade dos fragmentos naturais, Wil Catarina criou um conjunto de troncos em papietagem, visando articular o espaço, por meio de mais uma interpretação de seu olhar.
A sustentabilidade é fator importante nesse projeto, sendo observada tanto na utilização de madeira disponível na natureza quanto na construção dos grandes troncos, onde a estruturação se dá apenas na fusão de cola e papel reciclado, como jornais, revistas, encartes e impressos publicitários, notas fiscais e outros materiais normalmente descartados.
“Há uma percepção distinta do modo comum de captar o mundo. Em parte, isso vem das experiências já vividas pelo indivíduo, regendo sua forma de visualizar seu entorno. Assim, a maneira como ele percebe o estímulo, advém de algo que possivelmente ele já encontrou anteriormente e esteve armazenado em si”, comenta Wil.
Entrada gratuita para estudantes da rede pública (ensino médio), crianças de até 7 anos, portadores de necessidades especiais, moradores ou nascidos em Niterói (com apresentação do comprovante de residência) e visitantes de bicicleta. Na quarta-feira, a entrada é gratuita para todos.
A venda acontece pelo site da Sympla ou na bilheteria do Museu. A entrada ao Museu deve ser feita até as 17h30. Informações: (21) 2722-1543.
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