Assembleia do mês passado que definiu a paralisação.Divulgação
“É inadmissível que trabalhadores que ganham R$ 1,2 mil, R$ 1,5 mil, fiquem até 50 dias sem receber seus salários. Os trabalhadores e o Sintronac estarão atentos para reagir diante de qualquer descumprimento da legislação trabalhista, principalmente no que se refere aos direitos elementares dos rodoviários. As empresas têm que ter seus funcionários como prioridade, pois são eles que mantêm o funcionamento das companhias e muitos mal recebem o suficiente para sustentar suas famílias. Não vamos tolerar mais nenhum tipo de abuso com os rodoviários”, avisa o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira.
O grupo Ingá foi o conglomerado de empresas de ônibus de Niterói mais atingido pela crise no setor de transportes. Em fevereiro deste ano, os funcionários e os executivos do grupo firmaram acordo, através de negociações com o Sintronac e intermediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), para quitação de dívidas trabalhistas. Contudo, a elevação do custo operacional das companhias, principalmente do óleo diesel, comprometeu o cumprimento do calendário de pagamento dos débitos.
Além disso, o Sintronac afirma que a Prefeitura de Niterói não repassa há nove meses os valores das gratuidades para as companhias de ônibus que operam na cidade, entre elas a Ingá e a Peixoto, que compõem o grupo. Segundo seus executivos, a dívida acumulada com essas duas empresas é de R$ 1,28 milhão. Já a Transporte Turismo Rosana, que opera a linha 43 (Fórum x Jardim República - via Arsenal) e integra o Ingá, não recebe há nove anos as gratuidades de passagens por parte da Prefeitura de São Gonçalo.
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