A Companhia de Dança da bailarina e coreógrafa Deborah Colker se apresenta no próximo final de semana no Teatro Popular Oscar Niemeyer.Divulgação - Foto: Cafi
De acordo com o secretário das Culturas de Niterói, Alexandre Santini, é uma alegria receber um espetáculo de alta qualidade como este na cidade, com preço popular.
"É um orgulho muito grande para Niterói receber um espetáculo da coreógrafa e bailarina Deborah Colker, de uma companhia com projeção nacional e internacional, a preço popular, em um equipamento público. É mais uma ação da gestão cultural da cidade, que, além de movimentar a economia da cultura, traz grandes referências da cena artística para o município. Essa consagrada companhia dirigida pela Deborah sempre emociona com um olhar sensível e coreografias intensas. Um grande encontro das artes, com poesia, teatro, dança, performance e muito mais. Um evento imperdível."
Baseado no poema homônimo de João Cabral de Melo Neto, publicado em 1950, a obra acompanha o percurso do rio Capibaribe, que corta boa parte do estado de Pernambuco, inclusive o Recife. O espetáculo, como o poema, mostra a pobreza da população ribeirinha, o descaso das elites, a vida no mangue, de “força invencível e anônima”.
“O espetáculo é sobre coisas inconcebíveis, que não deveriam ser permitidas. É contra a ignorância humana. Destruir a natureza, as crianças, o que é cheio de vida”, diz Deborah.
"Cão Sem Plumas" recebeu um dos mais importantes prêmios da dança mundial, o “Prix Benois de la Danse”, em 2018, na categoria coreografia. Deborah Colker faz em Cão Sem Plumas seu primeiro espetáculo de temática explicitamente brasileira. A estreia aconteceu em 3 de junho de 2017, no Teatro Guararapes, no Recife.
A dança se mistura com o cinema. Cenas de um filme realizado por Deborah e pelo pernambucano Cláudio Assis – diretor de longas-metragens como Amarelo Manga, Febre do Rato e Big Jato – são projetadas no fundo do palco e dialogam com os corpos dos 14 bailarinos. As imagens foram registradas em novembro de 2016, quando coreógrafa, o cineasta e toda a companhia viajaram durante 24 dias, do limite entre sertão e agreste até o Recife. A jornada também foi documentada pelo fotógrafo Cafi, nascido em Pernambuco.
Na trilha sonora original, estão mais dois pernambucanos: Jorge Dü Peixe, da banda Nação Zumbi e um dos expoentes do movimento Mangue Beat, e Lirinha (cantor do Cordel do Fogo Encantado, poeta e ator), além do carioca Berna Ceppas, que acompanha Deborah desde o trabalho de estreia, Vulcão (1994). Outros tradicionais parceiros estão na cenografia e direção de arte (Gringo Cardia) e na iluminação (Jorginho de Carvalho). Os figurinos são de Claudia Kopke. A direção executiva é de João Elias, fundador da companhia.
Sucesso de público - O espetáculo já foi apresentado em mais de 30 cidades brasileiras, tendo reunido um público de mais de 150 mil pessoas, e, internacionalmente, nos Estados Unidos, Argentina, França, Reino Unido, Alemanha e Uruguai.
O Teatro Popular Oscar Niemeyer fica localizado na R. Jornalista Rogério Coelho Neto, s/n, no Centro. As vendas estão sendo feitas na bilheteria do Teatro ou pelo Sympla. O preço é de: R$ 50,00.
Classificação: Livre
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