A Prefeitura de Niterói deu o primeiro passo para desapropriar e municipalizar o prédio onde funciona o Hospital Oceânico Dr. Gilson Cantarino, em Piratininga, na Região Oceânica. O prefeito Axel Grael assinou, nesta quinta-feira (29), o decreto de desapropriação do imóvel. Com a iniciativa, o Município vai deixar de pagar aluguel pelo uso do prédio, que passará a ser propriedade da Prefeitura de Niterói. Além do prefeito, a assinatura do decreto de desapropriação teve as presenças do secretário municipal de Saúde, Rodrigo Oliveira; do administrador da Região Oceânica, Binho Guimarães; da presidente da Fundação Estatal de Saúde (FeSaúde), Ana Schneider; e da diretora do Hospital Oceânico, Gisela Motta.
Grael, lembrou que manter o Hospital Oceânico depois da pandemia da Covid-19 foi um compromisso que fez questão de assumir.
“A população de Niterói criou uma relação de referência com o Hospital Oceânico em termos de eficiência e de vidas salvas durante a pandemia. Houve uma mobilização das pessoas em torno da permanência do hospital, que inicialmente foi implantado para ser uma unidade provisória. Avançamos na ideia de trazer o hospital para fazer parte de uma estratégia ligada à saúde da mulher e à questão do câncer. O Hospital Oceânico vai continuar sendo uma unidade de ponta em termos de equipamento e de concepção de trabalho. Tenho certeza que vai continuar tendo o reconhecimento da população. O hospital está novo e tem uma equipe de ponta. A municipalização do imóvel é um grande investimento”, explicou o prefeito.
A desapropriação e a municipalização do prédio do Hospital Oceânico Gilson Cantarino fazem parte do Plano Niterói 450 anos. A Prefeitura de Niterói vai investir R$ 260 milhões na área da Saúde até 2024. O planejamento inclui a reforma de 68 unidades de saúde.
O Hospital Oceânico foi entregue à população de Niterói em abril de 2020 e se tornou referência no atendimento a pacientes com Covid-19. A unidade passou a integrar a rede municipal de Niterói com leitos e cirurgias clínicas. Desde março deste ano, o hospital realiza procedimentos cirúrgicos. Inicialmente foram duas especialidades: cirurgia geral e oncológica. Atualmente, a unidade possui equipes de sete especialidades: urológica, vascular, proctológica, ginecológica, pequenas cirurgias (plásticas reconstrutoras e procedimentos não invasivos), além de geral e oncológica. Desde março, o Hospital Oceânico fez cirurgias em cerca de 1200 pacientes.
O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Oliveira, destacou que a desapropriação e a municipalização do prédio vão representar um atendimento ainda mais qualificado para a população.
“O Hospital Oceânico foi fundamental no enfrentamento vitorioso da Covid-19 em Niterói. A gente organizou um processo para, com esse legado, manter um hospital de alta qualidade para o nosso povo. Já fazemos um conjunto de cirurgias eletivas e iniciamos o atendimento a pacientes com câncer. Com a desapropriação, esse prédio passa a ser definitivamente da cidade. Como patrimônio de Niterói, vamos acelerar a execução de um plano diretor de qualificação e ampliação do Hospital Oceânico para ele atender com cada vez mais qualidade”, disse Rodrigo Oliveira.
O administrador da Região Oceânica, Binho Guimarães, afirmou que a desapropriação do Hospital Oceânico vai qualificar a rede de saúde de Niterói.
“A municipalização é mais um marco na qualificação da infraestrutura de saúde da cidade. É fundamental reconhecer o trabalho de excelência dos profissionais de saúde, fundamentais no enfrentamento à pandemia e que, agora, se dedicam a cirurgias, sobretudo oncológicas”, disse Binho Guimarães.
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