Por thiago.antunes

Rio - Policiais militares estão sendo orientados a entrar na Justiça com ação por danos morais, após verem expostos em rede social na internet dados pessoais obtidos por hacker, ainda não identificado. A informação é de duas associações de classe.

O vazamento das informações — como nomes completos, identidade, CPF e e-mail — de 50 mil militares causou revolta e apreensão na maioria, sábado e domingo. Alguns chegaram a registrar queixa na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que apura o caso.

“Se algum policial sentir necessidade, pode optar pelo viés da reparação civil, movendo ação contra o responsável por este crime hediondo”, afirmou o coronel Fernando Belo, presidente da Associação de Oficiais Militares.

Site da Coordenadoria de Inteligência foi exposto e recebeu comentários com críticas e ironias no domingoDivulgação

Wanderley Ribeiro, presidente da Associação de Cabos e Soldados, disse que vai solicitar que o Ministério Público acompanhe as investigações. “Colocamos nosso departamento jurídico à disposição de quem quiser entrar com ação contra o Estado do Rio”.

Depois de se desculpar pelo ato — que afirmou não concordar e ter partido de apenas um integrante —, o grupo Anoncyber & Cyb3rgh0sts publicou em sua página no Facebook mensagem que classificou como ameaça de um PM. O grupo retirou do ar a publicação com os dados dos policiais.

Comércio quer indenização

O presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Antenor Barros Leal, propôs ao governador Sérgio Cabral que casos de destruição por vandalismo sejam tratados pelo Estado, para todos os fins legais, como situação de calamidade pública. Ofício alega que ‘a adoção de medidas de compensação seria forma de minimizar os impactos negativos gerados’.

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