Por thiago.antunes
Rio - Há tempos carente de um combate ostensivo contra a violência crescente, a Pavuna vai receber um reforço de 60 policiais militares, a partir da primeira quinzena de janeiro. O grupo — que vai integrar uma Companhia Destacada especialmente para patrulhar a região — terá locais de policiamento definidos diariamente, de acordo com a incidência de crimes.
O crescimento da violência que assusta moradores pode ser confirmado pelos índices do Instituto de Segurança Pública (ISP). Somente em setembro, o número de assaltos a pedestres subiu para 101 casos, contra 85 registrados no mesmo mês do ano passado. Os homicídios no bairro mais que dobraram: foram 16 em setembro e 6 no mesmo mês de 2012.
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“Pego o metrô para o trabalho bem cedo, mas fico com muito medo de andar na rua. A violência cresceu muito. Já fui assaltada e vários amigos meus também. Agora só ando com roupas e bolsas que não chamam a atenção”, contou a atendente de telemarketing Tabata Silva, 29 anos.
Ao contrário das companhias criadas em outras áreas, a da Pavuna não terá uma base própria. Os policiais ficarão lotados no 41º BPM (Irajá) e serão deslocados para pontos previamente definidos. O grupo será formado por novos soldados da próxima turma a se formar em janeiro e por policiais do 41º BPM.
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“O trabalho será voltado especificamente para esse bairro, que apresentou índices altos de roubos de veículos e a pedestres, e letalidades violentas. Caso haja necessidade, podem ser deslocados para áreas próximas e até mesmo comunidades como o Chapadão, por exemplo. Mas este não é o objetivo. O foco no momento é a Pavuna”, afirmou o chefe do 2º Comando de Policiamento de Área, coronel Hugo Freire.