Rio - Engana-se quem pensa que música clássica é só para os letrados e outros eleitos por sua classe social. Sexta-feira passada um violinista começou a tocar na esquina das ruas Ataulfo de Paiva e Afrânio de Melo Franco, no Leblon. Parou em frente a um botequim, o Estrela do Oriente, frequentado por taxistas, porteiros, motoristas e outros trabalhadores do bairro luxuoso.
E, no vaivém dos moradores, estes foram os únicos a dar dinheiro ao artista. Com exclamações de ‘que música maravilhosa ele toca’, passaram sua sexta-feira ouvindo ‘Primavera’, de Vivaldi, ‘Pequena Serenata Noturna’, de Mozart, e a ‘Ária 3ª Suite’, de Bach. O músico era o húngaro Stefan Tajti, que se despedia do Rio para voltar à Transilvânia, sua terra natal.
De cabelo em pé
A energia elétrica é uma coisa tão incrível que parece mágica. E a garotada da Rocinha e de Manguinhos vai ficar literalmente de cabelo em pé no próximo fim de semana ao ter contato com um Gerador de Van der Graff. Esta e outras surpresas divertidas, como o Levitron, globo terrestre que flutua no ar e o truque das laranjas dançarinas, fazem parte das oficinas de teatro do ‘Quanta Energia!’, projeto sobre eficiência energética que está sendo realizado nas comunidades pacificadas. Amanhã, na Biblioteca Parque da Rocinha, e sábado, na Biblioteca de Manguinhos.
Dançando em família
Toda quinta é dia de charme e hip hop no Parque Madureira. De 18h às 22h, os DJs Marquinho Brad e Vainer realizam o Projeto Big Hour, um bailão a céu aberto com muito som para a galera dançar em um ambiente super familiar. Realizado desde 2012, o evento recebe semanalmente mais de mil pessoas que são fanzocas do R&B. Hoje tem, é livre (dá pra levar as crianças!) e gratuito.
Nordestinos
O ator, produtor e documentarista pernambucano Alexandre Lino está à procura de boas histórias de pessoas que deixaram suas cidades no Nordeste em busca de um sonho no Rio de Janeiro. Elas vão virar livro e, em seguida, espetáculo teatral e documentário. Quem quiser participar e ter sua história contada no projeto ‘Nordestinos’, pode enviar depoimentos pelo email projetonordestinos@gmail.com.
No Clube do Samba
É hoje a comemoração pelos 35 anos do Clube do Samba, fundado em 5 de maio de 1979 – início da abertura política –, na casa onde moravam João e Ângela Nogueira, no Méier. O bloco contava com a participação de muita gente importante, como Zizinho (craque da Copa de 1950), e Roberto Ribeiro, que aparecem nesta foto com Joao, feita no extinto restaurante Paisano, na Cinelândia. A festa será à noite no Imperator/João Nogueira, com show de vários fundadores do bloco, como Monarco, Nelson Sargento, Noca da Portela e Wilson Moreira, além do filho Diogo, da irmã Gisa e do sobrinho Didu Nogueira.
Torres de macarrão
Você já imaginou uma torre feita de macarrão? Alunos dos cursos de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo da Unisuam participam do concurso ‘Torres de Macarrão’. O objetivo é mostrar a força dos macarrões crus que, unidos, servem de sustentação. São 20 torres que ficam expostas até dia 28 na Praça de Eventos do shopping.
Confetes
Amanhã na estação Convento, do Metrô Carioca, vai rolar o ‘Abraçaço’. A ideia é simples: em plena hora do rush, no Centro, promover um super-rodízio de abraços entre as pessoas.
O professor de História, compositor e escritor Luiz Antonio Simas dá aula sobre botecos, rodas, escolas de samba e o bairro da Tijuca na Praça da Medalha Milagrosa sábado, às 10h. O evento faz parte do projeto ‘Ágoras Cariocas’, do coletivo Norte Comum.
Estreou ontem o musical Samba Futebol Clube, de Gustavo Gasparani, no CCBB, com direção musical de Nando Duarte e direção de movimento de Renato Vieira. A temporada vai até 14 de julho, um dia depois do término da Copa.
‘Ana Botafogo: uma história de sucesso’ fica em cartaz de hoje a 7 de junho. Mais de 200 imagens, entre fotos, revistas, notícias, críticas, livros e programas sobre a carreira da bailarina estão em exposição no Shopping Pátio Alcântara.
Dos R$ 191 milhões da Secretaria Municipal de Cultura em 2014, a novidade foi a abertura de três novas linhas de fomento direto para museus, infância e projetos LGBT. Merece atenção especial o edital Cultura Viva, para projetos com alta inserção territorial e apoio das comunidades.
A colunista é Rita Fernandes