Rio - Um tiroteio no Morro do São João, no Engenho Novo, na Zona Norte, na manhã desta terça-feira, assusta moradores da região. De acordo com relatos através de redes sociais, o confronto começou por volta das 8h. E segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) traficantes que estavam na localidade conhecida como Cotovelo atiraram contra uma viatura que passava pela Rua Barão do Bom Retiro. No entanto, não há registro de feridos.
Já no Lins, próximo ao Engenho Novo, a CPP afirma que não ter havido confronto nesta terça, diferente do que está sendo relatado por moradores locais.
"Parece que os tiros vêm de vários pontos dos morros daqui da área, aparentemente é uma briga entre bandidos do Morro São João e do Morro do Lins de Vasconcelos", afirmou um leitor que pediu para não se identificar.

Informações dão conta que o confronto desta terça começou por conta de Luís Cláudio Machado, o Marreta, considerado um dos chefes do tráfico no Lins. O traficante estaria "passeando" pelo São João e seria dele a ordem para os ataques aos policiais das UPPs do Lins e Camarista Méier.
Ações de varredura estão sendo feitas em busca dos suspeitos. Por conta do tiroteio, o Ciep 205 Frei Agostinho Fíncias, no Engenho Novo, teve que interromper suas atividades nesta manhã. Segundo a Secretaria de Estado de Educação, 240 alunos estão sem aulas na unidade.
Na tarde de segunda-feira, o soldado Elias Camilo, da UPP Camarista Méier, foi baleado na cabeça após ser atacado por criminosos na localidade conhecida como Gambá. Ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Naval Marcílio Dias, também no Lins.
Até o início da manhã desta terça-feira não havia informações de confrontos ou disparos de arma de fogo no Complexo do Lins. Também não havia relatos da polícia sobre prisões ou apreensões de drogas. Por volta das 22h, circulou a informação de um suposto tiroteio no Engenho Novo. Policiais do 3ºBPM (Méier) e da UPP ão João disseram não ter sido registrado esse tipo de incidente na região.
No fim da tarde de segunda-feira, a PM chegou a informar que o soldado havia morrido, mas horas depois desmentiu a informação. O caso está sendo investigado pela 26ªDP (Todos os Santos). Segundo colegas de Camilo, ele ficou agonizando por cerca de 40 minutos no contêiner da UPP, pois o reforço do Batalhão de Choque não conseguia vencer a resistência armada do bandidos.
Depois, o Choque e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) realizaram uma incursão nas comunidades do Complexo do Lins para tentar localizar os suspeitos do ataque contra o PM.