Por paloma.savedra

Rio - Mais um tiroteio entre bandidos e homens da Força de Pacificação da Maré voltou a interromper aulas e assustar moradores da região, na manhã desta sexta-feira. Desta vez, o confronto deixou ainda uma vítima que foi atingida de raspão em uma das pernas. O homem foi socorrido e levado para a Upa da comunidade e seu estado de saúde é estável. Além disso, uma bala entrou pela janela da Fundação Uerê, mas não houve feridos.

Este é o segundo confronto que ocorre nesta semana na região. Na segunda-feira, um tiroteio fez com que as unidades escolares do complexo fechassem as portas. Imagens de crianças jogadas no chão dos colégios para fugir dos tiros circularam nas redes sociais, chamando ainda mais atenção para o problema.

Durante tiroteio nesta sexta-feira%2C bala entrou pela janela da Fundação Uerê. Não houve feridosReprodução / Facebook

Idealizadora do projeto social Uerê, a artista plástica Yvonne Bezerra de Mello compartilhou a foto da bala que entrou no local e fez um desabafo: "O tiroteio foi brabo hoje de novo. Com uma bala dentro da sala de aula. Tudo acontece de repente. Não dá para prever. Exijo um blindado do exército na porta da escola". 

Segundo o Comando da Força de Pacificação, por volta das 9h, militares que patrulhavam a Comunidade do Pinheiro foram atacados por bandidos envolvidos no crime organizado na região. Os suspeitos dispararam contra a tropa, e houve confronto.

Por meio de nota, o comando afirmou que "seguindo as regras de engajamento, a tropa respondeu à ameaça sofrida garantindo a proteção da população que estava próxima e dos membros da Força de Pacificação, utilizando-se da proporcionalidade da força".

Crianças de escolas da Maré se jogam no chão para se proteger contra tiroteio

De acordo com o comando, o morador que ficou ferido de raspão na perna procurou os militares do Posto de Bloqueio e Controle de Vias Urbanas (PBCVU) da Força de Pacificação, na Linha Amarela, próximo da Comunidade do Pinheiro, e pediu ajuda. A equipe médica da Força de Pacificação fez os primeiros socorros e eencaminhou a vítima para a UPA do Complexo da Maré.

A Força de Pacificação não confirmou o episódio envolvendo a Fundação Uerê, mas informou que o caso está sendo apurado. Em nota, pediu ainda que a população colabore no processod e pacificação da Maré, por meio de denúncias (Disque-Pacificação 3105-9717). 

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