Por adriano.araujo, adriano.araujo
Rio - Quem foi que disse que o Papai Noel só olha pela criançada? Nesta terça-feira, na antevéspera do Natal, o Bom Velhinho passou pelo Zoológico do rio e não economizou na distribuição de presentes aos moradores do local. Animais das mais diversas espécies ganharam cestas com alimentos cuidadosamente escolhidos por nutricionistas. No cardápio não faltou variedade: de panetones adaptados a ‘perus’ de Natal. Os visitantes puderam assistir ao momento especial que fez parte do Programa de Enriquecimento Ambiental dos animais.
O chimpanzé Paulinho segura seu panetone com frutas cristalizadasEfe

Estrela do Zoo, o chimpanzé Paulinho foi um dos mamíferos que se fartaram com avelãs, castanhas, nozes, pêssegos, ameixas, uvas, abacaxi, manga, melancia e melão. O clima natalino ficou por conta do panetone de frutas secas. A meninada foi ao delírio com as estripulias de Paulinho e seu companheiro de jaula, Pipo.

Pela delicadeza com que saboreavam as frutas — dissonantes das suas toneladas de peso —, as elefantas Carla e Koala também reuniram uma multidão. Já as feras receberam os quilos de carne aos que têm direito. Felinos como tigres e onças foram presenteados com ‘frangões’ natalinos sem tempero, numa alusão ao peru de Natal.

A intenção do Programa de Enriquecimento Ambiental é entreter os animais dentro de seus habitats e, é claro, fazer a alegria do público. Anualmente, durante o verão, os animais passam a receber uma alimentação especial dedicada a amenizar o calor da estação.

No menu de verão, há desde picolés de frutas — sem açúcar — dados aos primatas até pedaços de carne congelados servidos aos felinos. Borrifadores de água amenizam as altas temperaturas — além dos vários banhos diários.
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Durante as férias escolares, o Zoo abre de segunda a domingo, das 9h às 16h30. O ingresso custa R$ 6. Estudantes têm entrada gratuita mediante apresentação de carteira escolar. Idosos a partir de 60 anos, crianças de até 1 metro de altura e pessoas com deficiência não pagam.
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Cesta alcoólica na Lapa
?“Contra a ressaca, continue bebendo”. O lema, que motiva todo bom bebedor nesta época do ano, ganha novo significado a cada edição da ‘Ceia Alcoólica’, promovida pela sociedade carnavalesca Embaixadores da Folia, tradicionalmente no bar Vaca Atolada, na Avenida Gomes Freire, na Lapa.
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Em vez de um pinheiro cenográfico e bolas de plástico vermelhas, como manda o figurino, a decoração do evento já escancara suas intenções: em volta de um pé de boldo, de proporções consideráveis, ficam pendurados sais de frutas e protetores hepáticos, à disposição de quem precisar.
Cláudio e o pé de boldo cheio de remédios para o fígadoAndré Luiz Mello / Agência O Dia

Para matar a sede, a bebida exclusiva, o ‘caipiboldo’ é servido gratuitamente, feito pelas mãos da Dona Arlete Rodrigues Nunes, de 73 anos. “O pessoal gosta muito, e não é amarga, não!”, assegura.

Isso tudo, garante o idealizador, Claudio Cruz, é para, na verdade, zelar pela saúde do fígado do carioca nas vésperas do Natal e da temporada de maior farra alcoólica do ano.

“Na agenda dos cachaceiros, a gente começa a beber agora e só para no Carnaval. Ano Novo tá aí também e a gente precisa ‘preparar o organismo’, não é isso?”, provocou ele. Claudio Cruz estima que passem por lá cerca de 400 pessoas todos os anos.
Saúde, então!
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Reportagem de Luíza Gomes
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