Por paloma.savedra
Estação Presidente JuscelinoFoto de leitor via WhatsApp do Dia (98762-8248)

Rio - Em um depoimento que durou mais de duas horas na 53ª DP (Mesquita), o maquinista do trem que estava parado e foi atingido por outro na estação Presidente Juscelino, em Mesquita, na Baixada Fluminense, afirmou que foi informado, pela central da Supervia, sobre um problema a partir da estação de Austin.

Porém, o condutor Carlos Henrique da Silva França, de 41 anos, disse que "não teve mais informes ao longo do trajeto". 

A batida entre os dois trens ocorreu na noite desta segunda-feira e deixou mais de 200 passageiros feridos. O maquinista Carlos França afirmou ao delegado titular da 53ª DP (Mesquita), Matheus Almeida, que, após a colisão, houve ainda a "raspagem de uma terceira composição".

De acordo com o delegado, o condutor garantiu que fez todos os testes na composição antes da partida. 

Segundo o maquinista, que diz ter testado buzina, farol e o rádio na comunicação com a central, o trem não apresentou nenhum tipo de problema. O condutor negou ainda ter havido qualquer problema de queda de luz e ruído ao longo do percurso.

O delegado aguarda agora o depoimento do condutor da composição que estava em movimento no momento da colisão. Ele não compareceu à delegacia alegando estar muito abalado psicologicamente e foi intimado a depor nesta quarta-feira.

Nesta manhã, o presidente da Supervia, Carlos José Cunha, confirmou em entrevista à Radio CBN, que o outro maquinista que bateu no trem conseguiu pular da composição antes da colisão. Segundo o presidente da concessionária, o condutor saltou do trem e pulou em direção à plataforma.
O passageiro Alessandro Firmino Conceição deixa o Hospital de Nova Iguaçu com a perna direita fraturada após a colisão entre os trens na estação Presidente JuscelinoOsvaldo Praddo / Agência O Dia

"O trem vinha numa velocidade bastante reduzida e aí ele conseguiu pular da cabine ao perceber que era inevitável o choque. Tem um espaço na chegada da plataforma entre o trem que ele conduzia e o que está estacionado. Neste trecho, o maquinista conseguiu saltar, contou Cunha à rádio.

Segundo o o titular da 59ª DP (Mesquita), 35 pessoas já fizeram registros por lesão corporal até as 14h na delegacia. O delegado solicitou ainda uma perícia complementar da parte mecânica da composição que deve ter resultado em até 15 dias.

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"Já solicitamos também as câmeras de segurança em torno da estação Presidente Juscelino para apurar os roubos que houve depois da batida e tentar saber a velocidade da composição", disse.
De acordo com passageiros, a viagem entre a estação Madureira e Presidente Juscelino que dura 40 minutos, dessa vez durou uma hora e dez minutos, com direito a solavancos, falta de luz e ruídos no interior do vagão.
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