Rio - Em um depoimento que durou mais de duas horas na 53ª DP (Mesquita), o maquinista do trem que estava parado e foi atingido por outro na estação Presidente Juscelino, em Mesquita, na Baixada Fluminense, afirmou que foi informado, pela central da Supervia, sobre um problema a partir da estação de Austin.
Porém, o condutor Carlos Henrique da Silva França, de 41 anos, disse que "não teve mais informes ao longo do trajeto".
A batida entre os dois trens ocorreu na noite desta segunda-feira e deixou mais de 200 passageiros feridos. O maquinista Carlos França afirmou ao delegado titular da 53ª DP (Mesquita), Matheus Almeida, que, após a colisão, houve ainda a "raspagem de uma terceira composição".
De acordo com o delegado, o condutor garantiu que fez todos os testes na composição antes da partida.
Segundo o maquinista, que diz ter testado buzina, farol e o rádio na comunicação com a central, o trem não apresentou nenhum tipo de problema. O condutor negou ainda ter havido qualquer problema de queda de luz e ruído ao longo do percurso.
O delegado aguarda agora o depoimento do condutor da composição que estava em movimento no momento da colisão. Ele não compareceu à delegacia alegando estar muito abalado psicologicamente e foi intimado a depor nesta quarta-feira.
"O trem vinha numa velocidade bastante reduzida e aí ele conseguiu pular da cabine ao perceber que era inevitável o choque. Tem um espaço na chegada da plataforma entre o trem que ele conduzia e o que está estacionado. Neste trecho, o maquinista conseguiu saltar, contou Cunha à rádio.
Segundo o o titular da 59ª DP (Mesquita), 35 pessoas já fizeram registros por lesão corporal até as 14h na delegacia. O delegado solicitou ainda uma perícia complementar da parte mecânica da composição que deve ter resultado em até 15 dias.