Por paloma.savedra
Rio - Operários da empresa Alumini, uma das que trabalham na construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), refinaria da Petrobras no Rio de Janeiro, cruzaram os braços nesta terça-feira e voltaram a protestar por salários, em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio. Os trabalhadores ocupam o Trevo da Reta, no município. Um forte aparato policial foi deslocado para o local, a fim de impedir o fechamento das rodovias BR-101 e RJ 116. Apesar da tensão, não houve confronto.
Os trabalhadores alegam atraso no pagamento e benefícios, como vale alimentação e plano de saúde. Também participam do ato os empregados demitidos em novembro e dezembro do ano passado – e que não receberam a última parcela do acordo feito no Ministério Público do Trabalho (MPT), para quitação das verbas rescisórias.
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Manifestantes bloqueiam entrada de ônibus de empresas da obra
De acordo com o grupo, mais de 2,9 mil operários, incluindo os demitidos, exigem o pagamento das dívidas. As manifestações começaram na última quinta-feira (8), ganharam força e culminaram com a paralisação da obra nesta terça-feira. Os manifestantes conseguiram impedir a entrada dos ônibus das empresas que prestam serviços a Petrobras na construção do Comperj.
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O Sindicato dos Trabalhadores Empregados nas Empresas de Montagem e Manutenção do Município de Itaboraí (Sintramon) garantiu, na última sexta-feira (9), o pagamento a partir de uma medida cautelar impetrada na Justiça do Trabalho de Itaboraí.
Ainda hoje, o sindicato tem reunião agendada no MPT de Niterói para discutir o assunto. Participam do encontro o presidente do Sintramon, Paulo César Quintanilha, conhecido como PC, diretores do sindicato e representantes da empresa e da Petrobras.
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Segundo representantes do sindicato, o gerente de empreendimento da Petrobras, Wagner Menezes, esteve no local e explicou que “a questão da Alumini depende de decisão judicial e que a companhia nada pode fazer”.
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Petrobras diz estar em dia com pagamentos de empresas
Em nota, a Petrobras reiterou que “está em dia com suas obrigações contratuais e que os pagamentos dos compromissos reconhecidos com as empresas que atuam no Comperj foram realizados de acordo com a legislação vigente e com os prazos estabelecidos contratualmente”.
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A companhia esclareceu, ainda, “que não é parte nas relações trabalhistas entre empresas contratadas e funcionários”, mas que acompanha as negociações e espera um desfecho adequado para ambas as partes. A Alumini teve as contas bancárias bloqueadas pela juíza do Trabalho de Ipojuca, em Pernambuco, Josimar Mendes, para pagamento de débitos com trabalhadores que construíram a Refinaria Abreu e Lima.
Com Agência Brasil
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