Rio - A confusão provocada pela venda da camiseta infantil com a frase “Vem nim mim que eu tô facin”, num site de roupas com o nome do apresentador Luciano Huck, ganhou mais um capítulo. A procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT-RJ) Sueli Teixeira Bessa, representante da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes, encaminhou denúncia para que seja feita uma investigação por causa do uso da imagem da criança como propaganda e mensagem inapropriada. Um outro procurador, ainda a ser escolhido, será responsável pelo caso. A notícia vem um dia após o Ministério Público Estadual informar que abriu um procedimento apuratório também sobre a comercialização da peça.
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Nesta quinta-feira, o Procon Carioca, órgão da Secretaria municipal de Defesa do Consumidor, notificou o site Use Huck, que fez a comercialização da camiseta. “Essa é uma prática abusiva prevista no artigo 37 do Código de Defesa do Consumidor, que incita a violência, se prevalece de vulnerável para obter lucro e denigre a imagem de crianças e adolescentes” afirmou a secretária municipal de Defesa do Consumidor, Solange Amaral.
O Procon Carioca quer saber quantas camisetas foram vendidas, para quem e se já foi realizada a contrapropaganda para apagar os efeitos negativos da publicidade ilícita no comportamento do consumidor. Após o período para esclarecimentos, de cinco dias, a empresa poderá ser multada e o site retirado do ar.
A defensora pública Eufrásia Maria Souza, que está à frente da Coordenadoria de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cdedica), informou que está acompanhando o caso e que a Defensoria fará uma carta repudiando o episódio envolvendo a venda da camiseta. O item fazia parte de uma coleção de Carnaval e foi retirada do site na terça-feira. Uma mensagem com pedido de desculpas aparece para quem acessa a página de vendas.