Rio - Representantes do Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Rio negaram proposta Ministério Público do Trabalho (MPT-RJ) de possível trégua na greve dos garis, que completa quatro dias nesta segunda-feira. Em reunião na sede do MPT, na qual não esteve presente nenhum representante da Comlurb, a proposta foi rechaçada pelo sindicato que está à frente da categoria e a paralisação continuará.
Com acúmulo de lixo e protesto, greve dos garis completa quatro dias
“A trégua não representa uma derrota, mas sim a retomada do diálogo, que está prejudicado. É válido o direito de reivindicar, mas os trabalhadores podem ser prejudicados se a greve for considerada abusiva pela Justiça, podendo resultar no desconto de salários, demissões e pagamento pelo sindicato de multa”, explicou a procuradora regional do trabalho Deborah Felix, que conduziu a reunião.

Segundo ela, a trégua seria benéfica aos empregados, pois permitiria a reabertura da negociação com a Comlurb, inclusive, para outros pontos da pauta de reivindicações dos trabalhadores.
Fora a Comlurb, os representantes da categoria estiveram desde a manhã reunidos com procuradores do MPT, buscando reforçar suas reivindicações e tentar uma negociação quanto ao impasse entre Comlurb e grevistas.
Comlurb não comparece à reunião no Ministério Público do Trabalho
O vice-presidente do sindicato, Antônio Carlos da Silva, disse que a categoria está aberta para negociação, mas que não aceita os 3% oferecido pela empresa. Já a Comlurb informou que não havia nenhuma reunião marcada.

Um outro grupo, que seria de uma chapa de oposição do sindicato, fez um protesto no Centro do Rio, na manhã desta segunda-feira, complicando o trânsito e causando interdições na região. A passeata, que começou na Avenida Presidente Vargas, seguiu até o prédio do MPT e exigiu estar presente na reunião. Após muito bate-boca, representantes dos manifestantes subiram para se juntar aos que já estavam reunidos desde as 10h no local.
A Justiça do Trabalho determinou que 75% dos trabalhadores continuassem realizando os serviços de limpeza e coleta. De acordo com a Comlurb, esse acordo não tem sido cumprido. O sindicato da categoria nega. Nesta segunda-feira, as ruas permanecem tomadas por lixo em diversos pontos da cidade.