Rio - O jogador do Flamengo Luiz Antônio de Souza Soares foi indiciado pela Polícia Civil e denunciado pelo Ministério Público por fraude securitária (estelionato) e associação criminosa, nesta sexta-feira.
O inquérito foi concluído pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco/IE), que apurava o possível envolvimento do atleta, do pai dele, Luiz Carlos Francisco Soares, e do policial civil Alexandre da Rocha Antunes, o Sérgio Preto, com milicianos da Liga da Justiça, que age na Zona Oeste. O policial também responderá pelos mesmos crimes.
A Draco chegou a fazer o pedido de prisão do jogador e de seu pai, porém, a Justiça não acatou. E afirma que o jogador não teve seu carro de luxo roubado, como fora informado, o que comprova assim o crime conhecido como ‘tombo no seguro’, utilizando o amigo policial para um falso registro de ocorrência. Para dar sumiço ao veículo, Luiz Antônio, com o auxílio do pai, entregou o carro a milicianos, dizem os agentes.
Nesta sexta pela manhã, policiais da Draco fizeram diligências de busca e apreensão na casa do jogador e do pai e em endereços onde Luiz Antônio também já morou ou teria alguma relação com as investigações.
O pai do jogador ainda é investigado de tentar aplicar um golpe usando o contracheque do Flamengo.
Ele teria planejado com um advogado forma de o jogador pagar menos pela pensão de um filho. O salário dele aumentou de R$ 20 mil para R$ 60 mil no Flamengo. Entretanto, segundo uma conversa do advogado com Luiz Carlos, o plano era que Luiz Antônio declarasse à Justiça que continuava ganhando R$ 20 mil.
Em um dos endereços do atleta, no Recreio dos Bandeirantes, agentes constataram que ele já havia deixado o imóvel. No entanto, em posse dos novos moradores foram encontrados ecstasy, maconha, cocaína, além de valores em euro e reais. As quatro pessoas que estavam no imóvel foram presas em flagrante e ficou constatado que não possui ligação entre elas e os indiciados no inquérito.
“Realmente aconteceu uma fraude contra o seguro. O policial já tinha sido preso na operação Tentáculos, em agosto do ano passado”, disse ao ‘RJ TV’ o delegado Alexandre Capote.
O Flamengo disse que vai dar apoio ao atleta e que está à disposição das autoridades no que for necessário, entretanto ressalta que não tem responsabilidade sobre fatos da vida pessoal do jogador.
O atacante Thalles, do Vasco, é acusado de se envolver em confusão durante baile funk em São Gonçalo, ontem de madrugada. O atleta, que também é jogador da Seleção sub-20, teria, ao lado de um grupo de amigos, sido expulso do lugar depois de derrubarem a mesa de som do local e terem quebrado uma câmera.
Atualmente na reserva do time vascaíno, Thalles informou, através de sua assessoria, que passou a noite na casa dos pais, no Centro de Niterói, ao lado do filho recém-nascido.
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