Rio - A mulher que transportava o dinheiro da loja localizada na Ceasa estava desviada da função para a qual havia sido contratada. A denúncia é da irmã da vítima fatal, Joyce da Silva. Segundo ela, Mariane Santos da Silva 24 anos, havia sido admitida para trabalhar como fiscal de caixa, mas vinha fazendo a função de depositar o dinheiro do estabelecimento. Joyce acusa o estabelecimento de negligência ao não oferecer segurança aos funcionários.
"Minha irmã estava com dois seguranças desarmados. Deveriam portar armas ou haver uma escolta para protegê-la. Usaram minha irmã como escudo", acusa. Mariane carregava um malote de R$ 59 mil, levado pelos assaltantes. "O absurdo é que usaram um fusca para o transporte. A função dela é fiscal de caixa, mas, ultimamente, ela vinha fazendo esses depósitos. Acredito que usaram ela porque é mulher para passar batido por bandidos", afirmou.
Mariana deixa uma filha de apenas cinco anos. Ela deve ser enterrada nesta terça-feira, no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio. Ela era moradora da favela Para Pedro, no Colégio. "A gente morou a vida toda em área de risco e nunca aconteceu nada. Minha irmã acabou morrendo longe casa', lamentou a irmã.
Sobrevivente presta depoimento na DH
Um homem ferido de raspão no braço durante o assalto presta depoimento na noite desta segunda-feira, na Delegacia de Homicídios (DH). A Polícia Civil ainda não divulgou se a vítima tem relação com os envolvidos no crime.
Assalto na Ceasa deixa dois mortos
Câmeras de segurança dos estabelecimentos da central de abastecimentos já foram solicitadas e outras pessoas ainda devem ser ouvidas pela especializada sobre o caso. A loja Trembão e a Ceasa foram procurados pela reportagem, mas não foram encontrados.