Por adriano.araujo

Rio - O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) fez nesta quarta-feira um ato em frente à prefeitura de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, para exigir o cumprimento de um acordo firmado pelo prefeito Neilton Mulim para indicar a área de construção de mil moradias.

Quase 700 famílias começaram a ocupação Zumbi dos Palmares, no bairro Santa Luzia, em São Gonçalo, em outubro do ano passado, devido à alta no valor dos aluguéis, que inviabilizava a permanência das famílias nas moradias. Eles defendem o acesso a um imóvel próprio, financiado pelo Poder Público.

Segundo o MTST, após 12 dias de negociação, a prefeitura anunciou que havia fechado um acordo com representantes do movimento e com a Secretaria-Geral da Presidência da República. O acordo previa a indicação de áreas para a construção de habitações do Programa Minha Casa, Minha Vida, com linha de financiamento específico do governo federal, por meio da Caixa, para a construção de aproximadamente mil moradias de interesse social no município.

Segundo Vitor de Lima Guimarães, integrante do movimento, recentemente a prefeitura alegou que o terreno, pertencente ao espólio de uma antiga fábrica, seria muito rochoso, o que impossibilitaria a construção das casas.

“Eles falam que lá no terreno tem rocha demais, que seria perigoso para a gente e que não valeria a pena. Mas já tivemos contato com alguns órgãos, um deles a Caixa Econômica Federal, que financiaria a construção, que diz que o terreno, com a quantidade de rochas que tem, não impossibilita em nada a construção. O que me parece é que a prefeitura está ‘dando para trás’ no trato firmado conosco”, disse Guimarães.

Segundo ele, a maior parte das famílias integrantes do movimento está em situação de risco, enquanto outras não conseguem bancar o aluguel. Caso não haja acordo, a intenção dos integrantes é se instalar em um palco montado em frente à sede da prefeitura em virtude das comemorações do aniversário de 125 anos da cidade. A prefeitura de São Gonçalo não se posicionou até o fechamento desta matéria.

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